Economia

Banco do Japão conclui reunião sem medidas de flexibilização

O Banco Central Japonês decidiu manter a taxa de juros entre 0% e 0,1%


	Masaaki Shirakawa, presidente do Banco Central Japonêss: a entidade afirmou que a economia japonesa encara "um alto grau de incerteza" 
 (Kiyoshi Ota/Getty Images)

Masaaki Shirakawa, presidente do Banco Central Japonêss: a entidade afirmou que a economia japonesa encara "um alto grau de incerteza"  (Kiyoshi Ota/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2012 às 05h42.

Tóquio - O Banco do Japão (BOJ) concluiu nesta terça-feira sua reunião mensal de dois dias sem anunciar novas medidas de flexibilização monetária, ao tempo que decidiu manter a taxa de juros entre 0% e 0,1%.

O anúncio do banco central japonês, que em seus encontros de setembro e outubro ampliara seu programa de compra de ativos para injetar liquidez no sistema, está em consonância com as previsões dos analistas.

Em comunicado emitido após o encontro, o BOJ indicou que espera que a economia japonesa "se mantenha relativamente débil por enquanto", antes de retornar "ao caminho da recuperação moderada" apoiada em uma demanda interna sólida e na recuperação gradual da economia global.

A entidade afirmou que, embora a "aversão ao risco" dos mercados tenha diminuído, as economias estrangeiras permanecem em fase de desaceleração, o que provocou no Japão um descenso dos investimentos privados, da produção industrial e das exportações, que representam 40% de seu Produto Interno Bruto (PIB).

O BOJ sustenta que a economia japonesa encara "um alto grau de incerteza" devido às perspectivas sobre a crise de dívida na Europa, à tímida recuperação dos Estados Unidos e à "propagação" dos efeitos da recente piora dos laços com a China devido a uma disputa territorial.

Quanto à inflação, o órgão emissor destacou que prevê que a alta dos preços se mantenha em torno de 0%, longe do seu objetivo de levá-la de maneira estável ao redor de 1% para pôr fim à deflação endêmica que aflige o país.

Neste sentido, o Banco do Japão assegurou que manterá os juros no baixíssimo nível no qual estão desde outubro de 2010 para estimular a atividade econômica e que ampliará de maneira considerável seu programa de compra de ativos, sua principal ferramenta para injetar liquidez no sistema. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBancosFinançasJapãoJurosPaíses ricos

Mais de Economia

‘Problema dos gastos no Brasil não é ter os pobres no Orçamento’, diz Simone Tebet

Plano Real, 30 anos: Gustavo Loyola e as reformas necessárias para o Brasil crescer

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Mais na Exame