Economia

Banco do Japão anuncia ampliação de estímulos monetários

Banco Central do Japão vai acelerará o ritmo anual, com o qual pretende aumentar a base monetária do país, em entre 10 e 20 trilhões de ienes


	Banco Central do Japão: o país tenta impulsionar o crescimento e combater a redução de preços
 (Yuriko Nakao/Reuters)

Banco Central do Japão: o país tenta impulsionar o crescimento e combater a redução de preços (Yuriko Nakao/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 08h43.

Tóquio - O Banco Central do Japão (BoJ, sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira que acelerará o ritmo anual, com o qual pretende aumentar a base monetária do país, em entre 10 e 20 trilhões de ienes (US$ 90,491 bilhões) para impulsionar o crescimento e combater a redução de preços, causada pelo aumento no imposto sobre o consumo em abril.

Com isso, ampliará o programa de compra em massa de ativos para aumentar a liquidez do sistema financeiro japonês "em cerca de 80 trilhões de ienes" por ano, explicou a entidade em comunicado.

O banco central japonês decidiu ativar esse estímulo adicional para seu programa iniciado em abril de 2013, em um momento no qual a recuperação da economia japonesa parece ter se estagnado devido à queda do consumo (principal componente do PIB) após o aumento do imposto aplicado em abril.

A entidade monetária também decidiu ampliar o prazo de maturidade média dos títulos da dívida japonesa que, a partir de agora, ficará em torno de sete a dez anos (até três anos a mais em comparação com o limite anterior).

Dos nove membros da junta de política monetária do BoJ, cinco foram favoráveis à ampliação do programa de flexibilização - considerado um dos três pilares fundamentais dentro da estratégia de crescimento do primeiro-ministro Shinzo Abe - e quatro votaram contra.

A junta de política monetária do BoJ voltou a destacar que a economia japonesa "continua se recuperando moderadamente" e "espera- se que siga crescendo a um ritmo acima de seu potencial".

No entanto, o enfraquecimento da demanda após o aumento do imposto sobre o consumo no Japão e a "substancial queda dos preços do petróleo" exerceram uma pressão negativa sobre o índice de preços ao consumidor (IPC), o que prejudica os objetivos da entidade.

Com seu programa de compra de títulos da dívida pública e de ativos financeiros de maior risco, o banco central do Japão pretende conseguir estabelecer um aumento médio de preços de em torno de 2% ao ano em 2015.

Para evitar que este objetivo seja comprometido, "o Banco julgou apropriado expandir seu programa de flexibilização quantitativa e qualitativa".

A maioria de investidores no Japão aguardava com ansiedade essa medida há meses, diante da aparente paralisação econômica, por isso a Bolsa de Tóquio disparou hoje após o anúncio, e o índice Nikkei teve forte alta de 4,83%, seu máximo nos últimos sete anos. 

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