Economia

Banco da Inglaterra concorda em financiar governo se necessário

BoE enfatizou que mudança é uma medida de curto prazo, com qualquer dinheiro emprestado devendo ser reembolsado até o final de 2020

Libra esterlina: banco central inglês vai ajudar a financiar enormes planos de gastos do governo com o Covid-19 (Caiaimage/Adam Gault/Getty Images)

Libra esterlina: banco central inglês vai ajudar a financiar enormes planos de gastos do governo com o Covid-19 (Caiaimage/Adam Gault/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 9 de abril de 2020 às 10h56.

Última atualização em 9 de abril de 2020 às 10h57.

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) concordou em emprestar dinheiro ao governo temporariamente, se necessário, para ajudar a financiar seus enormes planos de gastos com o Covid-19, revivendo uma medida usada durante a crise financeira de 2008.

Sensível às alegações de que está recorrendo ao 'financiamento monetário' ou apoiando permanentemente os gastos do governo com a impressão de dinheiro, o BoE enfatizou que sua mudança é uma medida de curto prazo - com qualquer dinheiro emprestado devendo ser reembolsado até o final de 2020.

O presidente do BoE, Andrew Bailey, disse no domingo que o financiamento monetário é um anátema para os banqueiros centrais e o vinculou à hiperinflação na década de 1920 na Alemanha e depois no Zimbábue.

"Como medida temporária, isso fornecerá uma fonte de liquidez adicional a curto prazo ao governo, se necessário, para suavizar seus fluxos de caixa e apoiar o funcionamento ordenado dos mercados durante o período de interrupção pelo Covid-19", disse o BoE nesta quinta-feira em declaração conjunta com o Ministério das Finanças.

No entanto, o BoE - que foi fundado em 1694 para ajudar a financiar as guerras britânicas contra a França - está mais diretamente envolvido nas finanças do governo do que outras contrapartes, como o Banco Central Europeu.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusInglaterraLibra esterlina

Mais de Economia

Petrobras anuncia redução nos preços do gás natural

Vai faltar arroz por causa do RS? Supermercados dizem que não. Preço sobe 7,21% este ano

Entenda o que é viés doméstico - e por que isso pode ser ruim para os seus investimentos

OPINIÃO | Copom: ônus sem bônus

Mais na Exame