Economia

Banco Central diz que ritmo de queda de juros deve diminuir

Em novembro, a taxa média de juros para empresas e pessoas físicas caiu pelo nono mês seguido, com redução de 8,2 pontos percentuais no ano


	Notas de Real: de acordo com Maciel, a expectativa é que haja “arrefecimento” da inadimplência
 (Getty Images)

Notas de Real: de acordo com Maciel, a expectativa é que haja “arrefecimento” da inadimplência (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 14h54.

Brasília – As taxas de juros não devem continuar a cair no mesmo ritmo deste ano, segundo avaliação do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.

Em novembro, a taxa média de juros para empresas e pessoas físicas caiu pelo nono mês seguido, com redução de 8,2 pontos percentuais no ano. A taxa ficou em 28,9% ao ano e é menor da série histórica iniciada em 2000. O spread, diferença entre taxa de captação de recursos e a cobrada dos clientes, também está em queda e chegou a 21,6 pontos percentuais, em novembro.

“Não se deve observar o mesmo ritmo nesse arrefecimento dos spreads e das taxas de juros em prazo mais longo. A gente pode ter quedas pontuais à frente”, disse Maciel.

De acordo com ele, em 2012, houve um “ajuste estrutural” nas taxas de juros e spreads bancários. “Este ano a gente teve uma mudança, repercutindo o ciclo da política monetária [reduções da taxa básica de juros, a Selic] e a maior competitividade do sistema bancário”, destacou.

Os dados do BC divulgados hoje também mostram que a inadimplência das famílias registrou leve queda de 0,1 ponto percentual, de outubro para novembro, ao ficar em 7,8%. No caso das empresas, a inadimplência, como são considerados atrasos superiores a 90 dias, permaneceu em 4,1%.

De acordo com Maciel, a expectativa é que haja “arrefecimento” da inadimplência. “A inadimplência de veículos, que foi foco de maior preocupação, desde o final do ano passado vem mostrando tendência de recuo. O momento crítico de inadimplência foi superado”, argumentou. De outubro para novembro, a inadimplência no financiamento de veículos caiu 0,3 ponto percentual, para 5,6%.

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