Economia

Banco Central divulga taxa preferencial brasileira pela primeira vez

A taxa reflete os custos de financiamentos das grandes empresas junto aos bancos.

Banco Central do Brasil - Brasília (Wikimedia Commons/EXAME.com)

Banco Central do Brasil - Brasília (Wikimedia Commons/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2011 às 19h48.

Brasília -  O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira pela primeira vez dados da Taxa Preferencial Brasileira, que reflete os custos de financiamentos das grandes empresas junto aos bancos.

De janeiro de 2005 a abril de 2011, a taxa preferencial média foi de 16,2 por cento anuais. O custo é o mais elevado de uma relação de seis países divulgada pelo BC, que inclui os países do Brics --além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- e os Estados Unidos.

O BC destacou, contudo, que o spread médio da taxa nesse período, de 3,2 por cento, é similar aos dos demais países.

A divulgação da TPB visa exatamente permitir a comparação das taxas praticadas no país com as de outros países, informou o BC no Relatório de Estabilidade Financeira do segundo semestre divulgado nesta terça-feira.

"Ao corresponder ao custo do empréstimo para clientes com menor risco, é possível, também, utilizá-la como referência para a realização de outras operações de crédito, incentivando a concorrência no mercado de crédito doméstico", argumentou o BC.

A TPB computa as taxas cobradas de clientes de grande porte que representam baixo risco de empréstimo para os bancos. Trata-se de empresas que tenham operações de créditos com três ou mais instituições financeiras, com pelo menos uma das operações em curso com valor igual ou superior a 5 milhões de reais.

Em média nos últimos 12 meses, foram selecionadas 738 operações de 91 clientes distribuídas em 13 bancos em cada mês. Foi usado a base de dados de bancos comerciais privados, além do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O levantamento não leva em conta as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que são subsidiadas.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralFinanciamento de grandes empresasIndicadores econômicosMercado financeiro

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE