Economia

Banco Central da Argentina manterá juros altos contra a inflação

O presidente do BC reconheceu que a elevada inflação ocorreu devido ao "relaxamento da política monetária adotada no fim do ano passado"

Argentina: as declarações ocorrem após da divulgação que o IPC do país teve alta de 1,3% em junho (Daniel Garcia/AFP)

Argentina: as declarações ocorrem após da divulgação que o IPC do país teve alta de 1,3% em junho (Daniel Garcia/AFP)

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EFE

Publicado em 18 de julho de 2017 às 22h55.

Buenos Aires - O Banco Central da República da Argentina (BCRA) manterá as altas taxas de juros atuais para combater a inflação, disse nesta terça-feira o presidente da instituição, Federico Sturzenegger.

Na apresentação do relatório de política monetária de julho, Sturzenegger reconheceu que a elevada inflação, acima das previsões iniciais, ocorreu devido ao "relaxamento da política monetária adotada no fim do ano passado".

"Por isso agora devemos promover um endurecimento da mesma", disse o presidente do BCRA.

As declarações ocorrem após da divulgação que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do país teve alta de 1,3% em junho, o que, segundo Sturzenegger, obriga uma "firmeza monetária" para que a inflação, uma "obsessão" do BCRA, suba menos que 1% no último trimestre deste ano.

Apesar de não estar contente com os níveis atuais, o presidente do BCRA de disse satisfeito com a redução da inflação desde janeiro.

O índice caiu de 36,6% no interanual do primeiro mês para 21,7% em junho. "Uma redução de 15 pontos percentuais que caracterizam um processo de desinflação muito importante", indicou.

Por isso, Sturzenegger se mostrou otimista sobre a futura evolução dos preços. "Nos faltam 4,7 pontos percentuais para chegar, em dezembro, na meta da inflação proposta para 2017, que é de no máximo 17%", explicou.

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