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Banco Central autoriza testes, e transações podem voltar ao WhatsApp

Autoridade monetária ainda não autorizou lançamento comercial do serviço de transferências e pagamentos, que foi suspenso em junho

Pagamentos no WhatsApp: serviço será gratuito para pessoas físicas, mas há taxa para empreendedores (WhatsApp/Divulgação)

Pagamentos no WhatsApp: serviço será gratuito para pessoas físicas, mas há taxa para empreendedores (WhatsApp/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 31 de julho de 2020 às 18h16.

Última atualização em 31 de julho de 2020 às 18h27.

O Banco Central liberou nesta sexta-feira que o WhatsApp volte a fazer testes com o serviço de pagamentos e transferências dentro do aplicativo. No entanto, o lançamento comercial ainda não foi autorizado. A informação foi confirmada pela Visa, uma das bandeiras que fazem parte do serviço.

A autorização servirá para conduzir testes de integração de novos participantes do arranjo de pagamentos, como credenciadores e emissores. Uma das preocupações que fizeram o Banco Central interromper o serviço era com a competição do sistema, que poderia ficar prejudicada com a entrada de um ator grande como o WhatsApp no mercado.

A notícia sobre a retomada dos testes teve impacto positivo nas ações da Cielo, negociadas, na B3. Próximo ao fechamento do pregão, as ações subiam mais de 10%, negociadas a 5,34 reais, enquanto o Ibovespa, principal índice do mercado acionário, caía 1,90%.

Em nota, a Mastercard disse que solicitou ao Banco Central a autorização para testes de novos emissores interessados e aguarda a definição oficial da autarquia.

Ainda de acordo com a empresa, durante o período de testes, a funcionalidade ficará liberada apenas para um grupo limitado de cartões que realizarão transações de baixo valor. "A Mastercard segue contribuindo com o regulador para que o serviço seja liberado para o consumidor final."

A parceria entre as duas empresas foi anunciada em 15 de junho e prevê que Facebook, dono do aplicativo, e Cielo possam oferecer a estabelecimentos comerciais e pessoas físicas o serviço de recebimento de pagamentos pelo aplicativo de mensagens WhatsApp.

Mas, em 23 de junho, o Banco Central (BC) pediu a suspensão do arranjo de pagamento, afirmando que a nova solução dependia de autorização prévia do regulador. No mesmo dia, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também emitiu decisão cautelar suspendendo a parceria.

Uma semana depois, o Cade reviu sua posição, por considerar que as empresas forneceram informações suficientes para tranquilizar a autarquia que, em um primeiro momento, estava preocupada com possíveis riscos à concorrência.

Mas a “luz verde” para receber transferências e pagamentos via WhatsApp ainda depende da autorização do BC, que informou que o pleito está em análise e segue o rito normal de aprovação. No início do mês, a Mastercard e a Visa entregaram a proposta do projeto ao BC para análise.

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