Economia

Balança comercial brasileira tem pior resultado para setembro em 5 anos

País registrou superávit de US$ 2 bilhões, 55,7% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado e o menor para o mês desde 2014

Exportações: país registrou superávit abaixo do esperado para o mês de setembro (Fernando Donasci/Reuters)

Exportações: país registrou superávit abaixo do esperado para o mês de setembro (Fernando Donasci/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de outubro de 2019 às 15h48.

Última atualização em 1 de outubro de 2019 às 20h13.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,246 bilhões em setembro, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia. As expectativas dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast iam de US$ 2 bilhões a US$ 4,136 bilhões, com mediana em US$ 3,2 bilhões.

O valor é 55,7% menor do que o registrado em setembro do ano passado e é o menor registrado para meses de setembro desde 2014.

No mês passado, as exportações somaram US$ 18,740 bilhões, uma queda de 11,6% ante setembro de 2018. Já as importações chegaram a US$ 16,494 bilhões, uma alta de 5,7% na mesma comparação.

De janeiro a setembro, o superávit comercial soma US$ 33,790 bilhões, saldo 19% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Na quinta semana de setembro, que teve apenas um dia (30), o saldo comercial foi de um superávit de US$ 91 milhões.

No mês, houve uma queda nas vendas de produtos semimanufaturados (-32,1%) e básicos (-14,5%), enquanto os manufaturados subiram (4,4%). Entre os semimanufaturados, houve queda principalmente nas exportações de ferro/aço (-59,3%), madeira serrada ou fendida (-44,9%) e açúcar em bruto (-36,8%). Nos básicos, caíram as vendas de petróleo em bruto (-37,7%), café em grãos (-25,7%) e farelo de soja (-20,5%).

Pelo lado das importações, houve alta nas compras de bens de capital (95,1%), com importação de plataforma de petróleo. Por outro lado, caíram os desembarques de bens de consumo (-8,5%), combustíveis e lubrificantes (-6,7%) e bens intermediários (-3 9%).

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