Economia

Baixo volume de negócios não ajuda

Poucos esperam melhora dos negócios no mercado financeiro para hoje (02/07). De caráter especulativo, o comportamento do câmbio de ontem mostrou que os investidores ainda não percebem fundamentos econômicos como referências. Além disso, o volume de negócios está abaixo do normal por conta do feriado de 04 de julho nos Estados Unidos o que acaba […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h03.

Poucos esperam melhora dos negócios no mercado financeiro para hoje (02/07). De caráter especulativo, o comportamento do câmbio de ontem mostrou que os investidores ainda não percebem fundamentos econômicos como referências. Além disso, o volume de negócios está abaixo do normal por conta do feriado de 04 de julho nos Estados Unidos o que acaba afetando, ainda, os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A semana não será das melhores.

Ontem, o dólar bateu novo recorde, fechando em sua maior alta desde o início do Plano Real , a 2,90 reais. A avaliação para hoje é que pode ser que na abertura haja um ajuste para baixo nesta cotação, mas a tendência ainda é de alta. Já a Bovespa, que se movimenta acompanhando as americanas Nasdaq e Dow Jones, teve baixa de 2,2% e um volume de negócios de 360 milhões de reais, quase a metade da média diária.

Não bastasse a ansiedade no mercado interno, o receio de que o balanço de outras empresas americanas possam estar inflados aumenta as incertezas para o mercado, até porque muitas empresas listadas na Bovespa são controladas por grupos estrangeiros , afirmam os analistas do Lloyds TSB. Mesmo assim, o volume médio nos últimos meses manteve-se estável, ao redor de 570 milhões por dia. O Ibovespa é um dos índices com maior queda em dólares do mundo neste ano, chegando a -35,9% até esta segunda-feira (1/7). Em moeda local, a queda é de 19,7%. Como comparação, o Dow Jones caiu 8,2% e o Nasdaq 27,2% no período. Ao mesmo tempo as bolsas européias caíram 14,7%, em média.

Em relação ao cenário político a coqueluche dos analistas e investidores nos últimos dois meses -- a menos que apareça algum fato novo relevante, é pouco provável que, em julho, as pesquisas mostrem algo muito diferente do que se viu nas divulgações mais recentes. Ao menos em tese, o mercado não terá uma perspectiva diferente da atual nas próximas cinco semanas e, assim, a ansiedade em relação ao pleito em outubro pode continuar , diz o Lloyds.

Quanto aos indicadores econômicos, a atenção de ontem e hoje está voltada para a balança comercial de junho. O superávit chegou a 675 milhões de dólares, levando o acumulado do ano para 2,6 bilhões. O resultado corresponde a expectativa, mas reflete mais a queda forte das importações (-37,9% no mês e -23,8% no ano), do que a performance das exportações, que também cedem em comparação a 2001 (-29,7% e -14,8%, respectivamente).

Nossa estimativa de superávit para o ano mantém-se no intervalo de 4 a 4,5 bilhões, mas caso a taxa de câmbio perdure por mais tempo no elevado patamar atual, o resultado final poderá subir para 5 bilhões , diz o Lloyds.

O Tesouro Nacional realiza hoje leilão de títulos da dívida pública no montante de R$ 500 milhões. Serão leiloados títulos pré-fixados (LTN) com vencimento em 4 de setembro de 2002 e títulos pré-fixados com vencimento em 18 de setembro de 2002.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Pacheco afirma que corte de gastos será discutido logo após Reforma Tributária

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética