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Atividade industrial da China deve estagnar em janeiro com coronavírus

Com o surto de coronavírus, que já deixou mais de 130 mortos na China, o crescimento do setor manufatureiro estagnou neste mês

China: setor manufatureiro deve ser impacto pelo surto de coronavírus (China Photos/ Getty Images/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 29 de janeiro de 2020 às 15h25.

Cingapura — O crescimento do setor manufatureiro da China provavelmente estagnou em janeiro, após dois meses de ganhos modestos, com o surgimento do novo coronavírus se somando aos riscos que a economia já está enfrentando, mostrou uma pesquisa da Reuters.

Mais de 130 pessoas morreram pelo vírus na China nas últimas semanas e quase 6 mil foram infectadas, provocando restrições generalizadas de transporte e medidas de saúde pública que pesam bastante nos setores de viagens, turismo e varejo.

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O índice oficial de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de janeiro deverá cair para 50,0 pontos, nível neutro, ante 50,2 em dezembro, de acordo com a mediana das previsões de 29 economistas. A marca de 50 separa expansão de contração numa base mensal. Os dados serão divulgados na sexta-feira.

A China também divulgará uma pesquisa semelhante sobre a atividade no setor de serviços, o que pode fornecer uma melhor leitura do dano econômico inicial. Espera-se que lojas, restaurantes e cinemas tenham uma queda nas vendas à medida que as pessoas evitam áreas com aglomerações.

Já se esperava que a data do longo feriado do Ano Novo Lunar -- que começou em 25 de janeiro este ano-- fosse diminuir a atividade industrial em certa medida após uma leitura mais forte do que a esperada em dezembro.

Autoridades de saúde dizem ser muito cedo para saber o quão perigoso é o coronavírus e quão facilmente ele se espalha, mas alguns analistas dizem que o golpe na economia pode ser semelhante ao observado durante o surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em 2002 e 2003.

O crescimento econômico da China já está próximo de mínimas em 30 anos. A taxa caiu para 6,0% no ano passado, ante 6,7% em 2018, devido à fraca demanda doméstica e à crescente guerra comercial sino-americana.

Mas havia sinais no final do ano passado de que as empresas estavam voltando a ter uma base mais sólida, à medida que a economia respondia lentamente a uma série de medidas de estímulo.

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