Construção civil: em dezembro de 2016, o índice estava em 37,9 pontos, ainda mais baixo (Justin Sullivan/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 12h43.
Brasília - A atividade na indústria da construção civil encerrou 2017 em queda, mas em menor nível do que o apresentado no ano anterior, o que levou os empresários a esperarem resultados melhores em 2018.
O indicador de atividade medido pela Sondagem da Indústria da Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI) ficou em 44,9 pontos em dezembro, encerrando o ano abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que indica retração.
Em dezembro de 2016, o índice estava em 37,9 pontos, ainda mais baixo. Em novembro, o indicador mediu 46,8 pontos.
O uso da capacidade instalada caiu em dezembro para 58%, ante 59% no mês anterior. O resultado, porém, foi dois pontos percentuais acima do registrado no último mês de 2016.
O ano de 2017 também terminou com o número de empregados em queda no setor da construção, com o indicador passando de 44,9 pontos, em novembro, para 42 pontos em dezembro.
O resultado, porém, é melhor do que a retração no emprego registrada no ano anterior, quando o indicador caiu a 35,5 pontos.
No terceiro trimestre, os industriais do setor da construção ainda estão mais insatisfeitos com as condições financeiras, mas em níveis melhores do que no trimestre anterior e também na comparação com o fim de 2016.
O empresário ainda está insatisfeito com o acesso ao crédito (30,7 pontos), com a margem de lucro (37 pontos) e com a situação financeira (39,9 pontos), massatisfeito com os preços de insumos e matérias-primas (57,6 pontos).
Pela metodologia da pesquisa, números abaixo de 50 indicam insatisfação.
Apesar dos resultados de 2017, o empresário está otimista em relação aos próximos seis meses.
Para o nível de atividade, o índice que mede as expectativas subiu de 53 pontos na pesquisa feita em dezembro para 56,2 pontos na divulgada nesta sexta-feira - valores acima de 50 pontos significa expectativa de alta. O indicador estava em 47,4 pontos em janeiro do ano passado.
As expectativas para o número de empregados (54 pontos), compras de matéria-prima (55 pontos) e novos empreendimentos (55,7 pontos) ficaram todas acima dos 50 pontos, o que significa otimismo. Em janeiro do ano passado, todas as expectativas eram negativas.
Já o índice que mede a intenção de investimentos ainda não reagiu e está bem abaixo da linha divisória, em 32,1 pontos, ante 33,8 pontos em dezembro. Está maior, porém, do que em janeiro do ano passado (27,7 pontos).
Também o índice de confiança do empresário da construção está em alta, passando de 56,7 pontos em novembro para 57,2 pontos em dezembro. O indicador estava em 48,2 pontos em julho do ano passado.