Economia

Às vésperas de ir ao Congresso, Previdência ainda tem pontas soltas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reunirá duas vezes com o presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira, para debater a versão final da proposta

Paulo Guedes: Texto final das mudanças na aposentadoria será levado ao Congresso na quarta-feira (20)

Paulo Guedes: Texto final das mudanças na aposentadoria será levado ao Congresso na quarta-feira (20)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 05h52.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2019 às 06h31.

Nesta terça-feira, 19, o governo Bolsonaro completa 50 dias que ficaram marcados por declarações polêmicas nas redes sociais, queda do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, hospitalização do presidente e, claro, muitas negociações envolvendo a reforma da Previdência. O texto final da mudança nas regras de aposentadoria será levado ao Congresso na quarta-feira, 20, segundo o secretário da pasta, Rogério Marinho.

A aprovação da pauta pode representar uma alavanca para o crescimento do Brasil. Esse é, sem dúvida, o principal ponto da agenda econômica do governo, que conta com o apoio de investidores e empresários – e muito possivelmente com os votos da maioria dos parlamentares. A questão, agora, é saber qual é a versão final da proposta que será debatida na Câmara e no Senado.

Liderando esse movimento está o ministro da Economia, Paulo Guedes, que, nesta terça-feira, se reunirá duas vezes com o presidente Jair Bolsonaro. O primeiro encontro será individual, já o segundo contará com a presença de outros ministros que fazem parte do Conselho de Governo. O objetivo é aparar pontas soltas no texto.

Uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo aponta que Guedes voltou atrás da decisão de desidratar a reforma para estados. Entre os tópicos colocados à mesa estariam a retirada de exigências de contribuição extraordinária dos servidores em caso de déficit do sistema, a obrigatoriedade de equacionar o passivo, a transformação da Previdência pública em um fundo de pensão, além da possibilidade de os estados aportarem ativos nos fundos e fazer securitização. Com esses pontos fora de questão, houve a inclusão de uma regra que permite aos estados cobrar uma contribuição extraordinária de servidores em casos específicos. Essa alíquota pode chegar a, no máximo, 8%.

A idade mínima necessária para se aposentar não deve mudar: 65 anos para homens, e 62 para mulheres, com 12 anos de transição. Uma dúvida ainda em aberto é a partir de que idade os trabalhadores na ativa estarão sujeitos às novas regras. Como o texto que chega ao Congresso sempre sofre ajustes, convém mandar um projeto duro, mas que não assuste. É o ajuste fino a que se dedicará o governo nesta terça-feira.

Acompanhe tudo sobre:Exame HojeGoverno BolsonaroGustavo BebiannoPaulo Guedes

Mais de Economia

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Lula afirma ter interesse em conversar com China sobre projeto Novas Rotas da Seda

Lula diz que ainda vai decidir nome de sucessor de Campos Neto para o BC

Banco Central aprimora regras de segurança do Pix; veja o que muda

Mais na Exame