As regiões onde o número de super-ricos mais cresce
Apesar de turbulências na economia, número e patrimônio de super-ricos cresceu. Fortuna total bateu recorde de 2010, segundo Relatório sobre a Riqueza Mundial
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2013 às 11h45.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h33.
São Paulo – Em 2012, o número de super- ricos cresceu 9,2% em relação a 2011 - entre 2007 e 2011, o crescimento havia sido de 3,5% e, no ano anterior, ficou estável. É isso que mostra a edição de 2013 do Relatório sobre a Riqueza Mundia l, elaborado pela Capgemini e pela RBC Wealth Management. Os chamados super-ricos são os indivíduos com patrimônio pessoal igual ou superior a 1 milhão de dólares em ativos disponíveis para investimento. Hoje, há 12 milhões de super-ricos no mundo com um patrimônio agregado disponível para investimento de 46,2 trilhões de dólares. Após recuar em dois dos últimos cinco anos, o patrimônio global dos super-ricos apresentou recuperação considerável, com aumento de 10%e ficou bem acima do nível pré- crise , de 40,7 trilhões de dólares em 2007, e do recorde anterior de 42,7 trilhões de dólares em 2010. O crescimento relativamente forte nos segmentos mais altos do mercado de super-ricos contribuiu para o sólido desempenho global, segundo o relatório.A população de super-ricos apresentou crescimento de moderado a forte em todos os países, com exceção do Brasil. Por aqui, ela permaneceu estável devido à desaceleração no crescimento econômico e à retração do mercado acionário, segundo o relatório.Veja as regiões onde o número de super ricos cresceu mais entre 2011 e 2012.
O número de super-ricos na América do Norte cresceu 11,5% entre 2011 e 2012, o maior crescimento entre todas as regiões. Com isso, sua população de super-ricos chegou a 3,73 milhões de pessoas, superando a Ásia-Pacífico, que tem 3,68 milhões de super-ricos. A variação do patrimônio dos super-ricos na América do Norte foi de 11,7%.
O número de super-ricos na África aumentou 9,9% entre 2011 e 2012. A variação do patrimônio foi de 11,5%. Na África, assim como no Oriente Médio, os super-ricos estão mais voltados para a valorização do patrimônio enquanto, no geral, mais super-ricos tem foco na preservação do patrimônio (32,7%) do que na sua valorização (26,3%).
Essa foi a região onde a variação do patrimônio foi maior, 12,2%. O crescimento no número de super-ricos, no entanto, foi de 9,4%, fazendo com que a região fosse ultrapassada pela América do Norte no número de super- ricos. No entanto, o relatório projeta que, até 2014, a Ásia-Pacífico deverá recuperar sua posição de região com a maior população de super ricos, registrando também o maior nível de patrimônio. A projeção para 2015 é de 15,9 trilhões de dólares. Segundo o relatório, espera-se que o patrimônio global disponível para investimento dos super-ricos aumente para 55,8 trilhões de dólares até 2015, impulsionado principalmente pelo crescimento na Ásia-Pacífico (a uma taxa efetiva de 9,8%).
Nessa região, o número de super-ricos subiu 8,1%. No patrimônio, a variação foi de 8,6%. Mercados emergentes como o Oriente Médio e a Ásia-Pacifico contradizem uma tendência global. Mais super-ricos classificam suas necessidades como mais “complexas” (envolvendo relações familiares, participações societárias ou filantropia), provavelmente um reflexo de elementos culturais e da forma como a riqueza é gerada nesses mercados – nas outras regiões, mais super-ricos encaram suas necessidades de gestão de patrimônio como sendo “simples” (centradas em investimentos, disponibilidades e créditos).
O número de super-ricos subiu 7,5% enquanto o patrimônio aumentou 8,2%. O relatório afirma que a expectativa é que os esforços continuados de recuperação na Zona do Euro colaborem para que o patrimônio dos super-ricos cresça a uma taxa robusta, particularmente em função do desempenho relativamente fraco nos dois últimos anos. Na região, destacam-se a Alemanha e o Reino Unido em número se super-ricos.
Na América Latina, o número de super-ricos variou 4,4% entre 2011 e 2012, a menor variação regional. A região havia obtido a maior taxa de crescimento em 2011. A perda de ritmo deve-se, principalmente, à desaceleração no crescimento do PIB e à queda nos mercados acionários brasileiro e argentino, segundo o relatório, que destacou positivamente o México – o país obteve um crescimento regular do PIB e um forte desempenho no mercado acionário, resultando em aumento de 6,6% na quantidade de super-ricos. Na região, a variação percentual do patrimônio foi de 6,7%.
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