Economia

Arrecadação federal tem melhor resultado para novembro desde 2014

Houve crescimento real de 1,48% sobre o mesmo mês de 2018, em linha com as expectativas de analistas

Dinheiro: arrecadação do governo vem se recuperando (Erlon Silva - TRI Digital/Getty Images)

Dinheiro: arrecadação do governo vem se recuperando (Erlon Silva - TRI Digital/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 19 de dezembro de 2019 às 12h43.

Última atualização em 19 de dezembro de 2019 às 13h12.

Brasília - A arrecadação do governo federal avançou em novembro, com crescimento real de 1,48% sobre igual mês de 2018, a 125,161 bilhões de reais, divulgou a Receita Federal nesta quinta-feira.

O dado veio em linha com a expectativa de 125,884 bilhões de reais, segundo pesquisa da Reuters com analistas.

Apesar das receitas administradas pela Receita, que envolvem o recolhimento de impostos, terem subido em termos reais 1,94% sobre novembro do ano passado, as receitas administradas por outros órgãos, sensibilizadas por royalties de petróleo, caíram 17,31% na mesma base, apesar do resultado total ser positivo.

É o melhor resultado para o mês desde 2014, quando houve arrecadação de 136,405 bilhões de reais.

Já no acumulado de janeiro a novembro, houve alta real de 1,88% na arrecadação total, a 1,390 trilhão de reais.

Na série corrigida pela inflação, este foi o melhor desempenho para o período desde 2014 (1,431 trilhão de reais).

Na arrecadação de Receitas administradas pela Receita, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias, destacou o crescimento expressivo de 31,36% na arrecadação com o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em comparação a novembro de 2018 — que, segundo ele, é justificado por ganhos com tributação majoritariamente de aplicações na bolsa de valores.

"As operações de Bolsa, e operações que detectamos também no mês passado de renda fixa, tiveram essa variação bem positiva em relação aos demais tributos", disse.

Ele lembrou, contudo, que esse resultado não depende diretamente da atividade macroeconômica, mas sim do desempenho do mercado financeiro.

(Por Gabriel Ponte)

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