Arrecadação: de janeiro a novembro, entretanto, a arrecadação segue em território negativo, com queda real de 7,95%, a 1,320 trilhão de reais (Reprodução/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 21 de dezembro de 2020 às 15h25.
A arrecadação do governo federal teve alta real de 7,31% em novembro sobre igual mês do ano passado, a 140,101 bilhões de reais, ajudada pelo recolhimento de tributos que haviam sido diferidos, divulgou a Receita Federal nesta segunda-feira.
O dado foi o quarto positivo consecutivo, mas veio abaixo da cifra de 150,068 bilhões de reais esperada pela mediana do mercado, conforme boletim Prisma, produzido pelo Ministério da Economia.
Apesar disso, a Secretaria de Política Econômica disse, em nota, que "o que se verifica objetivamente é que a arrecadação reflete outros indicadores que apontam para uma recuperação do nível de atividade econômica".
De um lado, as compensações tributárias em novembro quase dobraram sobre um ano antes, a 18,631 bilhões de reais. Em vários meses deste ano as empresas lançaram mão de compensações tributárias para preservarem seu fluxo de caixa antevendo as dificuldades à frente por conta da pandemia de covid-19.
Também houve no período um impacto negativo de 2,35 bilhões de reais pela renúncia do IOF crédito, medida tomada no âmbito do enfrentamento ao surto de coronavírus.
Mas a arrecadação com diferimentos de tributos foi de 14,770 bilhões de reais em novembro --fenômeno que não ocorreu no mesmo mês de 2019.
Também houve ajuda adicional da arrecadação considerada atípica pela Receita com Imposto de Renda sobre Pessoas Jurídicas/Contribuição Social Sobre Lucro Líquido, no valor de 1,2 bilhão de reais.
Juntos, estes dois fatores mais do que compensaram aqueles que puxaram a arrecadação para baixo, levando ao resultado no azul de novembro --o segundo crescimento mais alto do ano, atrás apenas da expansão de 9,56% verificada em outubro.
De janeiro a novembro, entretanto, a arrecadação segue em território negativo, com queda real de 7,95%, a 1,320 trilhão de reais.