Economia

Arrecadação com Refis teve aumento "substancial", diz Meirelles

Meirelles também disse que não há nada decidido com os líderes do Congresso para ampliar o prazo do Refis, que se encerra em 29 de setembro

Meirelles: "Se não houver um acordo sobre o Refis, a consequência natural é deixar a MP caducar" (Leonardo Benassatto/Reuters)

Meirelles: "Se não houver um acordo sobre o Refis, a consequência natural é deixar a MP caducar" (Leonardo Benassatto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de setembro de 2017 às 18h49.

Nova York - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou nesta quinta-feira um aumento "subtancial" na arrecadação com o Refis, programa de refinanciamento de dívidas de empresas, mas que ainda não há um número fechado.

Meirelles também disse que não há nada decidido com os líderes do Congresso para ampliar o prazo do Refis, que se encerra em 29 de setembro.

"Se não houver um acordo sobre o Refis, a consequência natural é deixar a MP caducar", afirmou Meirelles, em entrevista concedida para jornalistas em Nova York.

O governo ainda tenta pactuar com o Congresso um novo texto para o Refis. Os parlamentares apontam dureza excessiva nas regras atuais, substancialmente afrouxadas em relação à primeira versão do programa concebida pela equipe econômica, que não permitia desconto sobre multas e juros.

"É importante não passar a mensagem de que é bom negócio não pagar imposto porque existe a chance de vir um Refis", advertiu o ministro.

O Refis é importante para que o governo consiga cumprir a meta de déficit primário, de 159 bilhões de reais em 2017. No fim de agosto, o presidente da República em exercício, deputado Rodrigo Maia, editou medida provisória que prorrogava o prazo de adesão das empresas ao Refis para 29 de setembro. A adesão ao programa terminava em 31 de agosto.

Meirelles também afirmou que o governo deve elevar as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) tanto para 2017 como para 2018. Para este ano, ele estima um avanço da economia de 0,7 por cento, ante previsão de 0,5 por cento. No ano que vem, a expectativa é de um crescimento de 2,2 por cento, "com viés de alta".

Os números mais otimistas sobre a economia divulgados por ele repetiram os que já constavam do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, apresentados pela manhã.

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