Economia

Argentina punirá bancos e agentes que especularem com moeda

Argentina advertiu que punirá as operações financeiras especulativas que atentem contra a sua moeda


	Chefe de Gabinete argentino, Jorge Capitanich: sanções "podem ser claras e contundentes"
 (Ricardo Ceppi/AFP)

Chefe de Gabinete argentino, Jorge Capitanich: sanções "podem ser claras e contundentes" (Ricardo Ceppi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 13h39.

Buenos Aires - A Argentina advertiu nesta quarta-feira que punirá as operações financeiras especulativas que atentem contra a sua moeda, e ameaçou com o rompimento das licenças de bancos e corretores da bolsa que participarem destas manobras, em meio a uma economia em recuo e com escassez de divisas.

"Muitas operações e transações na bolsa têm a clara intenção de estabelecer uma aumento na diferença entre o peso e o dólar", afirmou o chefe de Gabinete, Jorge Capitanich, em sua habitual coletiva de imprensa.

A presidente Cristina Kirchner denunciou na terça-feira em um duro discurso em cadeia nacional as pressões provenientes do setor financeiro, industrial e agropecuário que propiciam uma desvalorização da moeda.

Em meio a uma economia atingida por sinais de recessão e pela escassez de dólares, a diferença entre o dólar oficial (8,44 pesos o dólar) e o paralelo (15,70) atualmente se encontra em torno de 80%.

"Estão pressionando para que haja uma desvalorização e liquidar os os contratos de trabalho (30% de ajuste anual de salários) conquistados (pelos sindicatos)", ressaltou Kirchner em seu discurso.

Também acusou as entidades financeiras e bancárias por supostamente usar "informação privilegiada" por ter vendido dólares dias antes de o governo ordenar aos bancos que reduzissem seus estoques de moeda estrangeira.

Capitanich afirmou que mandatária "deu instruções ao ministério da Economia para efetuar as denúncias correspondentes".

Nesse sentido advertiu que as sanções aos especuladores financeiros "podem ser claras e contundentes", incluindo cassação de licenças para operar estas transações.

"Se há um infração pena no câmbio, a justiça deve atuar", disse o chefe de Gabinete.

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