Economia

Argentina precisa de reformas estruturais, alerta FMI

Diretora citou que Argentina e o também sul-americano Equador formam grupo de emergentes com altas dívidas e economia pouco diversificada

Peso Argentino: discussão sobre o financiamento da recuperação do impacto da covid-19 (Agustin Marcarian/Reuters)

Peso Argentino: discussão sobre o financiamento da recuperação do impacto da covid-19 (Agustin Marcarian/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de outubro de 2020 às 15h49.

Argentina e Equador precisam de reformas estruturais, e podem precisar de mais apoio, afirmou nesta sexta-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

Em discussão sobre o financiamento da recuperação do impacto da covid-19, a diretora citou os dois países em um grupo de emergentes com altas dívidas e economia pouco diversificada, com grande dependência de algumas commodities. "Não basta empurrar" os problemas que levaram às atuais crises, afirmou.

Ainda assim, Georgieva fez previsões otimistas, e indicou que espera "um futuro melhor para os países emergentes".

Na perspectiva do FMI, o PIB global terá crescimento de 5,2% em 2021. A dirigente espera uma vacina contra a covid-19 para disponível em meados do ano que vem, e a erradicação dos efeitos da pandemia na economia em 2022.

Uma grande questão colocada por Georgieva foi a situação de países de menor renda. "Não queremos uma nuvem de desconfiança para todos", disse ela, afirmando que o ideal é observar cada nação individualmente, já que algumas fizeram "o dever de casa", não podendo todos serem tratados da mesma forma. Sobre o continente africano, projetou crescimento de 3% em 2021, abaixo do global, o que representa um problema para diversos países que vinham apresentando dinamismo.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaCrise econômicaEquadorFMI

Mais de Economia

Com mais renda, brasileiro planeja gastar 34% a mais nas férias nesse verão

Participação do e-commerce tende a se expandir no longo prazo

Dívida pública federal cresce 1,85% em novembro e chega a R$ 7,2 trilhões

China lidera mercado logístico global pelo nono ano consecutivo