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Argentina espera fechar acordo com equipe do FMI até sexta

País enviará uma delegação a Washington na noite desta segunda-feira para acelerar as negociações

Argentina: ministro da economia, Sergio Massa, conversou com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, no domingo. (Laurie Noble/Getty Images)
Bloomberg

Agência de notícias

Publicado em 17 de julho de 2023 às 09h17.

As autoridades argentinas esperam fechar até sexta-feira um acordo com o Fundo Monetário Internacional, no nível de equipes, após meses de negociações sobre o programa de US$ 44 bilhões, segundo funcionários do Ministério da Economia.

O ministro da economia, Sergio Massa, conversou com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, no domingo, de acordo com uma das autoridades, que pediram para não serem identificados.

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A Argentina enviará uma delegação a Washington na noite desta segunda-feira para acelerar as negociações, acrescentaram, embora uma viagem já tenha sido sugerida várias vezes nas últimas semanas por funcionários do ministério, e depois foi adiada.

Até domingo à noite, alguns funcionários do governo argentino ainda não haviam sido informados se voariam nesta segunda-feira, de acordo com uma pessoa. Três semanas atrás, Massa prometeu que um acordo seria anunciado em “horas”, mas isso não aconteceu.

O governo argentino precisa pagar cerca de US$ 2,6 bilhões ao FMI até o final de julho para ficar em dia com o credor multilateral. O banco central do país fez um pagamento de tamanho semelhante em junho, usando seus direitos de saque especiais do FMI e yuans de uma linha de swap de moeda com Pequim.

Massa quer revisar o acordo com o FMI em meio a uma seca recorde que afeta setor agrícola do país e “retrocessos políticos”. Ao mesmo tempo, as negociações foram paralisadas por razões políticas porque Massa é agora o candidato presidencial do partido governista.

Massa e sua equipe tentam receber adiantamentos do FMI após a seca ter destruído US$ 20 bilhões em exportações agrícolas. Eles também pressionam o FMI para permitir que a Argentina use parte do dinheiro para intervir no câmbio, uma política econômica que o FMI criticou no passado.

Um porta-voz do FMI não comentou ao ser procurado neste domingo. Julie Kozack, diretora de comunicação do FMI, não quis dar detalhes das negociações em uma entrevista coletiva na semana passada, observando que os dois lados estavam trabalhando “intensamente”.

Os argentinos irão às urnas para escolher o novo presidente, congressistas e governadores de várias províncias em 22 de outubro.

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