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Argentina diz que UE e Mercosul devem concluir acordo em setembro

Negociações entre a bloco europeu e grupo composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai estão acontecendo há quase 20 anos

União Europeia: bloco já fez acordos com o Japão e o México (Denis Balibouse/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de julho de 2018 às 18h30.

Bruxelas - Um acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul está perto de ser concluído, com o último passo previsto para o início de setembro, disse o ministro das Relações Exteriores da Argentina nesta quinta-feira.

As negociações entre a UE e o Mercosul , composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, quarto maior bloco comercial do mundo, estão acontecendo há quase 20 anos.

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"Alcançamos uma massa crítica que nos permitirá ir para o final", disse o ministro argentino Jorge Faurie a repórteres, após dois dias de conversas entre sete ministros do Mercosul com a comissária de comércio da UE, Cecilia Malmstrom.

"O objetivo é um bom acordo, que nós acreditamos que pode ser alcançado por volta do fim de agosto, início de setembro."

Desde o congelamento das negociações comerciais com os Estados Unidos depois da vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas de 2016, a UE fez acordos com o Japão e o México, com o Mercosul sendo o próximo da lista.

Em termos de redução de tarifas, esse pode ser o acordo mais lucrativo do bloco até o momento, com a economia podendo ser três vezes maior do que nos acordos com o Canadá e o Japão combinados.

Um agente do governo brasileiro que participou das conversas também vê setembro como uma prazo efetivo, antes das eleições em outubro, mas foi menos otimista dizendo que, apesar do Mercosul estar pronto, a UE não parece preparada para a mudança.

"Os ministros devem se reunir novamente em setembro, em Montevideo. Ainda há tempo, mas seria a última chance este ano e vai depender muito da vontade dos europeus de se comprometerem", disse o oficial.

Os dois lados pretendiam fechar o acordo em Buenos Aires em dezembro passado, mas não conseguiram fazê-lo em grande porque o Mercosul considerou a cota para carne bovina oferecida pela UE muito baixa.

Malmstrom disse que os lados estão progredindo e abordando algumas das questões mais complicadas.

"Estamos muito perto, mas eu não quero dar uma data porque eu já fiz isso antes", ela disse.

(Por Philip Blenkinsop; Reportagem adicional de Bruno Federowski)

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