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Argentina deve retirar subsídios para produção local de petróleo

O preço do petróleo na Argentina fica em média acima dos 58 dólares por barril por conta do subsídio, bem acima dos preços de referência internacional

Petróleo: os cortes no subsídio são parte dos esforços do presidente Macri para acabar com um amplo déficit orçamentário (thinkstock/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 18 de novembro de 2016 às 18h11.

Buenos Aires - O governo da Argentina vai cortar os subsídios às produtoras de petróleo do país nas próximas semanas, o que resultará em uma queda de 25 a 30 por cento no valor local do petróleo, disseram fontes da indústria nesta sexta-feira.

O preço doméstico do petróleo na Argentina fica em média acima dos 58 dólares por barril por conta do subsídio, bem acima dos preços de referência internacional, do petróleo Brent, que eram negociados a cerca de 46 dólares por barril na tarde desta sexta-feira.

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Os cortes no subsídio são parte dos esforços do presidente Mauricio Macri para acabar com um amplo déficit orçamentário.

Vaca Muerta, uma das maiores reservas de xisto do mundo, de cerca de 30 mil quilômetros quadrados (7,4 milhões de acres) no sul da Argentina, tem atraído investimentos da Chevron e da Exxon Mobil, mas segue em grande parte inexplorada.

A Madalena Energy, uma companhia canadense de exploração e produção que detém cerca de 1 milhão de acres na Argentina, disse em nota na quinta-feira que o preço que receberia por seu petróleo em novembro e dezembro iria cair em cerca de 30 por cento.

"Outros produtores confirmaram à companhia que receberam avisos semelhantes", escreveu a empresa, observando que havia sido informada sobre a queda nos preços pelas refinarias para quem entrega seu petróleo.

Uma fonte do governo disse que a equipe de Macri estava em negociações com sindicatos, companhias e governos de províncias produtoras de petróleo sobre a eliminação de subsídios, mas as conversas ainda não terminaram.

 

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