Argentina acorda projetos de investimento com Petrobras
A empresa brasileira foi penalizada no dia 3 de abril pelo governo da província de Neuquén (sudoeste) com o fim da concessão da área de Veta Escondida
Da Redação
Publicado em 10 de abril de 2012 às 16h43.
Buenos Aires - O governo argentino acordou com a estatal brasileira Petrobras o desenvolvimento de projetos de investimentos, depois de ter sido retirada da petroleira a concessão de uma área de exploração no sudoeste do país, informou nesta terça-feira o Ministério do Planejamento.
"O ministro (do Planejamento, Julio De Vido) e as autoridades da Petrobras Argentina concordaram em trabalhar no desenvolvimento de projetos de investimento", disse o governo por meio de comunicado.
A Petrobras, no entanto, ainda não se pronunciou sobre a declaração.
O comunicado ministerial disse que "os projetos de investimento serão postos em análise na reunião que De Vido realizará no dia 20 de abril em Brasília com a presidente da companhia, Maria das Graças Foster".
Segundo a nota, a reunião desta terça-feira "durou 50 minutos e o ministro explicou às autoridades da Petrobras as linhas do acordo com as províncias que promove a plena produção de petróleo e gás e a recuperação de autossuficiência energética".
"Foi um encontro muito produtivo porque os investimentos foram discutidos. Todas as partes se comprometeram em avançar nos projetos, especialmente em Neuquén", disse De Vido ao final da reunião.
A empresa foi penalizada no dia 3 de abril pelo governo da província de Neuquén (sudoeste) com o fim da concessão da área de Veta Escondida, sob o argumento de que a área permanece "sem produção nem reservas comprovadas e com investimentos insuficientes ou não comprovados".
A decisão de Neuquén causou um impacto negativo no Brasil, onde Foster se declarou surpresa e afirmou que a empresa estava "avaliando oportunidades futuras" para sua "permanência" na Argentina.
O fim da concessão aconteceu simultaneamente a uma ofensiva que o governo da presidente Cristina Kirchner lançou contra a petroleira hispano-argentina Repsol YPF, a maior do país, acusada de descumprir planos de investimento.
A Argentina teve que importar mais de 9 bilhões de dólares em hidrocarbonetos em 2011, com um estancamento na sua produção em torno de 796.000 barris diários, quase sem mudanças com relação a 2009 e 2010, segundo cifras oficiais.
A Petrobras é a terceira produtora de petróleo na Argentina, com 6% do total, atrás da Repsol-YPF (41%) e da Panamerican Energy (17%).
A área de Veta Escondida se encontra na chamada Cuenca Neuquina, uma das duas gigantes do país junto com a do Golfo San Jorge, com 44% cada uma.
A Petrobras é a terceira refinadora de petróleo, com 14%,1 do mercado, atrás da Repsol-YPF (54,6%) e Shell (14,5%), segundo estatísticas oficiais.
Buenos Aires - O governo argentino acordou com a estatal brasileira Petrobras o desenvolvimento de projetos de investimentos, depois de ter sido retirada da petroleira a concessão de uma área de exploração no sudoeste do país, informou nesta terça-feira o Ministério do Planejamento.
"O ministro (do Planejamento, Julio De Vido) e as autoridades da Petrobras Argentina concordaram em trabalhar no desenvolvimento de projetos de investimento", disse o governo por meio de comunicado.
A Petrobras, no entanto, ainda não se pronunciou sobre a declaração.
O comunicado ministerial disse que "os projetos de investimento serão postos em análise na reunião que De Vido realizará no dia 20 de abril em Brasília com a presidente da companhia, Maria das Graças Foster".
Segundo a nota, a reunião desta terça-feira "durou 50 minutos e o ministro explicou às autoridades da Petrobras as linhas do acordo com as províncias que promove a plena produção de petróleo e gás e a recuperação de autossuficiência energética".
"Foi um encontro muito produtivo porque os investimentos foram discutidos. Todas as partes se comprometeram em avançar nos projetos, especialmente em Neuquén", disse De Vido ao final da reunião.
A empresa foi penalizada no dia 3 de abril pelo governo da província de Neuquén (sudoeste) com o fim da concessão da área de Veta Escondida, sob o argumento de que a área permanece "sem produção nem reservas comprovadas e com investimentos insuficientes ou não comprovados".
A decisão de Neuquén causou um impacto negativo no Brasil, onde Foster se declarou surpresa e afirmou que a empresa estava "avaliando oportunidades futuras" para sua "permanência" na Argentina.
O fim da concessão aconteceu simultaneamente a uma ofensiva que o governo da presidente Cristina Kirchner lançou contra a petroleira hispano-argentina Repsol YPF, a maior do país, acusada de descumprir planos de investimento.
A Argentina teve que importar mais de 9 bilhões de dólares em hidrocarbonetos em 2011, com um estancamento na sua produção em torno de 796.000 barris diários, quase sem mudanças com relação a 2009 e 2010, segundo cifras oficiais.
A Petrobras é a terceira produtora de petróleo na Argentina, com 6% do total, atrás da Repsol-YPF (41%) e da Panamerican Energy (17%).
A área de Veta Escondida se encontra na chamada Cuenca Neuquina, uma das duas gigantes do país junto com a do Golfo San Jorge, com 44% cada uma.
A Petrobras é a terceira refinadora de petróleo, com 14%,1 do mercado, atrás da Repsol-YPF (54,6%) e Shell (14,5%), segundo estatísticas oficiais.