Economia

Arábia Saudita e Kuweit sinalizam extensão de cortes na produção

Ampliação do acordo de restrição da produção após o final de seu período inicial de seis meses vem ganhando força entre os países

Petróleo: ministro de petróleo do Kuweit, Essam al-Marzouq, no mesmo evento, disse que espera uma ampliação do acordo (Spencer Platt/AFP)

Petróleo: ministro de petróleo do Kuweit, Essam al-Marzouq, no mesmo evento, disse que espera uma ampliação do acordo (Spencer Platt/AFP)

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Reuters

Publicado em 20 de abril de 2017 às 10h17.

Abu Dhabi - A Arábia Saudita e o Kuweit, grandes produtores de petróleo do Golfo, deram o mais claro sinal até o momento de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) planeja estender para o segundo semestre do ano um acordo com países não produtores para reduzir a oferta da commodity.

Tem crescido entre os produtores de petróleo um consenso de que o acordo de restrição da produção deve ser ampliado após o final de seu período inicial de seis meses, mas ainda não há um acordo, disse o ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, nesta quinta-feira.

"Há um consenso sendo construído, mas isso não está concluído ainda", disse ele a jornalistas nos bastidores de uma conferência nos Emirados Árabes Unidos. Questionado sobre a Rússia, que não é da Opep, Falih respondeu: "nós estamos falando com todos países. Nós não alcançamos um acordo certo, mas o consenso está sendo construído."

O ministro de petróleo do Kuweit, Essam al-Marzouq, no mesmo evento, disse que espera uma ampliação do acordo.

"Nós temos um notável aumento no cumprimento do acordo por parte dos países não membros, o que mostra a importância de estender o acordo", disse ele.

"A Rússia está dentro, preliminarmente... o cumprimento do pacto por parte da Rússia é muito bom. Todos irão continuar no mesmo nível", afirmou.

Se a Opep e os produtores não membros decidirem estender seu acordo de seis meses, os cortes podem se tornar menos profundos, uma vez que a demanda por petróleo deverá ser mais forte no segundo semestre de 2017 devido a questões sazonais, segundo Marzouq.

Ele disse ainda que os produtores estão sempre em busca de mais países não membros para se juntar ao acordo, e que um país da África mostrou interesse em participar da iniciativa, sem citar nomes.

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