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Após entra e sai da pauta, Fundeb, finalmente, vai à votação no Senado

Tentativa de destinar recursos do fundo de educação para programa de renda atrasou debate. Briga pelo orçamento também ameaça atrasar anúncio do Pró-Brasil

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, 19 de agosto de 2020. (Andre Borges/Getty Images)
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EXAME Hoje

Publicado em 25 de agosto de 2020 às 06h00.

Última atualização em 25 de agosto de 2020 às 08h34.

Após “entra e sai” da pauta, finalmente, vai à votação no Senado, nesta terça-feira (25), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna permanente o Fundeb, fundo de financiamento da educação básica criado em 2007.

A proposta também aumenta de 10% para 23% o percentual de participação da União nos recursos do fundo, de forma gradual, até 2026.

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O texto foi aprovado em julho pela Câmara, mas ainda precisa da validação dos senadores. Se não for renovado, o fundo será extinto até 31 de dezembro, o que poderia prejudicar o financiamento educacional no país.

A tramitação do projeto foi marcada por polêmicas envolvendo o governo Bolsonaro, que manifestou o interesse em destinar recursos do fundo ao Renda Brasil, novo programa de renda básica que o governo quer colocar no lugar do Bolsa Família.

O governo recuou da proposta e aceitou o avanço na participação da União no Fundeb em troca de apoio dos parlamentares para criar oprojeto de assistência social.

Pró-Brasil

Inicialmente, o Renda Brasil seria anunciado nesta terça-feira, junto a medidas de controle das contas públicas e de investimentos em obras infraestrutura, reunidas no pacote Pró-Brasil.

Porém, divergências em relação ao valor do benefício e aos programas que seriam extintos teriam atrasado sua divulgação, que ainda pode ser feita nesta semana.

Uma medida do pacote, porém, continua na agenda desta manhã: o Casa Verde-Amarela, que substituirá o Minha Casa Minha Vida, criado na gestão petista.

Anunciado primeiro em abril, mas com foco em infraestrutura, o Pró-Brasil causou desentendimentos entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que defende a ampliação de obras públicas como motor da retomada pós-pandemia.

Para agradar a gregos e troianos, o projeto final deve ser um mix das demandas dos dois lados dessa discussão. Resta saber para qual lado o Congresso irá pender.

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