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Aplicações na Rioforte são inconsistentes, diz BNDES

Banco classifica as aplicações na Rioforte de "inconsistentes com padrões mínimos de boa governança corporativa"

Cabos de rede conectados a uma das máquinas dos servidores da Portugal Telecom: (Mario Proenca/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 21h20.

Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) quebrou nesta terça-feira, 8, o silêncio sobre o imbróglio que se tornou o investimento de 897 milhões de euros (cerca de R$ 2,7 bilhões) feito pela Portugal Telecom na Rioforte, empresa com problemas de caixa que controla um dos sócios da operadora portuguesa, o Banco Espírito Santo.

Em nota, o BNDES classifica as aplicações na Rioforte de "inconsistentes com padrões mínimos de boa governança corporativa" e revela que já solicitou informações detalhadas sobre a transação.

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Os desdobramentos da crise gerada pela expectativa de calote da Rioforte na PT são importantes para o banco brasileiro, que é sócio da Oi, empresa que caminha para finalizar em outubro a fusão com a operadora portuguesa.

O negócio veio à tona na semana passada, quando os sócios brasileiros da Oi (BNDES, Previ, AG Telcom e La Fonte) ficaram sabendo da transação entre a Rioforte e a PT.

A operação causou desconforto aos acionistas brasileiros e levou à renúncia de dois representantes da Oi no conselho de administração do grupo português.

As aplicações em títulos da Rioforte somam 897 milhões de euros, a maior parte tem vencimento (847 milhões de euros) na próxima terça-feira e, o restante (50 milhões de euros), no dia 17.

O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, informou na última quinta-feira (3) que caso o calote se confirme, os sócios brasileiros não estão dispostos a arcar com o prejuízo.

O recado do BNDES ontem confirmou a preocupação dos acionistas.

O banco de fomento afirmou que não considera nenhuma alternativa que não seja a preservação dos interesses dos acionistas da Oi, "ao mesmo tempo em que renova sua confiança na atual gestão da companhia".

A operadora brasileira já declarou que não foi informada nem participou das decisões do investimento.

A redução da fatia da PT na CorpCo, empresa que surgirá da fusão com a Oi, é vista como uma solução.

O porcentual cairia dos 38% previstos inicialmente para 20% no pior cenário. Na imprensa portuguesa, o "Publico" informou que o "cerco" à PT está apertando, citando o comunicado do BNDES.

Ações

O mercado reagiu novamente às notícias sobre o imbróglio. As ações da Oi apresentaram a maior queda do Ibovespa. As ações preferenciais da operadora tiveram desvalorização de 5,68% e acumulam retração de 21,70% no mês.

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