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Apesar de Irã, apostas indicam apenas um corte de juros pelo Fed

Contratos futuros precificam em 100% a probabilidade de um corte de 0,25 p.p. no fim de 2020. A probabilidade de corte estava próxima de 70% na quinta-feira

Presidente do Fed, Jerome Powell: No início de setembro, incerteza em relação à guerra comercial ajudou a alimentar expectativas de que os juros terminariam 2020 abaixo de 0,9% (Andrew Harrer/Bloomberg)

Ligia Tuon

Publicado em 6 de janeiro de 2020 às 14h01.

Última atualização em 6 de janeiro de 2020 às 14h06.

Traders estão firmes na convicção de que o Federal Reserve vai reduzir os juros em meio à deterioração da situação geopolítica global. Mas estão longe de precificar cenários econômicos mais problemáticos projetados há alguns meses.

Os contratos futuros agora precificam em 100% a probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual no fim de 2020. A probabilidade desse corte estava próxima de 70% na quinta-feira.

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A mudança ocorreu na sexta-feira, na sequência do ataque aéreo dos EUA que matou o general iraniano Qassem Soleimani e sacudiu o cenário político no Oriente Médio. A tensão também aumentou a demanda por Treasuries de prazo mais longo, o que achatou a curva de juros dos EUA.

Ainda assim, as oscilações do mercado permanecem moderadas em relação ao segundo semestre de 2019. No início de setembro, a incerteza em relação à guerra comercial ajudou a alimentar expectativas de que a taxa básica do Fed terminaria 2020 abaixo de 0,9%.

A expectativa agora é que fique em torno de 1,30%, 0,25 ponto percentual abaixo dos juros atuais. O banco central reduziu as taxas três vezes seguidas em 2019, antes de fazer uma pausa no mês passado.

“É um pouco prematuro” precificar novos cortes com base na geopolítica, disse Subadra Rajappa, chefe da estratégia de juros dos EUA do Société Générale. “A precificação do Fed está mais alinhada com os fundamentos econômicos - que poderiam mudar rapidamente, se virmos mais vendas de ativos de risco.”

Dados econômicos desta semana devem confirmar que o setor de serviços, que tem o maior peso sobre a atividade econômica dos EUA, está se expandindo em ritmo saudável.

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