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Apesar da crise, número de empresas cresceu mais em 2009

A crise financeira internacional não afetou o desempenho do setor formal da economia brasileira naquele ano

Já o mercado de trabalho apresentou redução entre 2008 e 2009, destacou o IBGE (ARQUIVO/DIVULGAÇÃO)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 10h37.

Rio de Janeiro - Em termos gerais, a crise financeira internacional não afetou o desempenho do setor formal da economia brasileira em 2009 e o número de empresas cresceu mais do que em 2008. A informação é da técnica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Denise Guichard Freire, que analisou dados agregados do estudo Demografia das Empresas 2009, divulgado hoje (14).

Já o mercado de trabalho apresentou redução entre 2008 e 2009, destacou a técnica do IBGE. “Ao contrário de número de empresas, que aumentou entre 2008 e 2009, o saldo de novos empregos apresentou redução: 1,6 milhão de empregos tinham sido gerados em 2008. Já em 2009, esse número caiu para 1,3 milhão”, informou Denise.

Segundo ela, “apesar de ter sido um ano de crise, a indústria de transformação foi a que gerou o maior número de postos de trabalho assalariado nas empresas de alto crescimento”, que foram aquelas que cresceram pelo menos 20% ao ano em novos empregos entre 2006 e 2009.

Para Denise Guichard, esse movimento de novos empregos na indústria e também no comércio e em algumas atividades de serviços está diretamente relacionado ao fortalecimento do mercado interno. “O crescimento se deu em atividades que estão relacionadas ao fortalecimento do mercado interno no Brasil, em 2009. Teve aumento do salário real, das transferências de renda e também do crédito”, destacou.

“Esses instrumentos conseguiram fazer com que algumas atividades gerassem empregos, mesmo em 2009, impulsionadas pelo consumo das famílias e ao mesmo tempo observando o crescimento do emprego também na atividade da construção civil”, acrescentou.

Segundo ela, os movimentos relacionados ao mercado interno, impulsionado pelo aumento do crédito e por obras de infraestrutura como a construção de rodovias, levaram à geração de quase 3 milhões de empregos entre 2006 e 2009 – o equivalente a cerca de 60% dos postos criados no país nesse período.

“São 31 mil empresas em um universo de 4,3 milhões em atividade no mercado à época, 7,9% delas com pelo menos dez pessoas empregadas, mas que têm uma capacidade de geração de emprego muito grande”, ressaltou Denise.

Os dados do IBGE indicam que, de 4,3 milhões de empresas ativas, 2 milhões tinham empregados em 2009. “Estamos falando em um universo de 31 mil empresas que respondiam por 16,6% da mão de obra em 2009 – o que dá 4,7 milhões de assalariados”.

De acordo com ela, a força do mercado interno, como consequência da recuperação do poder econômico, com a melhoria do salário médio real e a maior oferta de crédito, fez com que o país superasse melhor a crise financeira internacional em 2009. “Sem sombra de dúvidas, esses foram os motivos que levaram o país a suportar a turbulência externa provocada pela crise internacional de 2009.”

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Rio de Janeiro - Em termos gerais, a crise financeira internacional não afetou o desempenho do setor formal da economia brasileira em 2009 e o número de empresas cresceu mais do que em 2008. A informação é da técnica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Denise Guichard Freire, que analisou dados agregados do estudo Demografia das Empresas 2009, divulgado hoje (14).

Já o mercado de trabalho apresentou redução entre 2008 e 2009, destacou a técnica do IBGE. “Ao contrário de número de empresas, que aumentou entre 2008 e 2009, o saldo de novos empregos apresentou redução: 1,6 milhão de empregos tinham sido gerados em 2008. Já em 2009, esse número caiu para 1,3 milhão”, informou Denise.

Segundo ela, “apesar de ter sido um ano de crise, a indústria de transformação foi a que gerou o maior número de postos de trabalho assalariado nas empresas de alto crescimento”, que foram aquelas que cresceram pelo menos 20% ao ano em novos empregos entre 2006 e 2009.

Para Denise Guichard, esse movimento de novos empregos na indústria e também no comércio e em algumas atividades de serviços está diretamente relacionado ao fortalecimento do mercado interno. “O crescimento se deu em atividades que estão relacionadas ao fortalecimento do mercado interno no Brasil, em 2009. Teve aumento do salário real, das transferências de renda e também do crédito”, destacou.

“Esses instrumentos conseguiram fazer com que algumas atividades gerassem empregos, mesmo em 2009, impulsionadas pelo consumo das famílias e ao mesmo tempo observando o crescimento do emprego também na atividade da construção civil”, acrescentou.

Segundo ela, os movimentos relacionados ao mercado interno, impulsionado pelo aumento do crédito e por obras de infraestrutura como a construção de rodovias, levaram à geração de quase 3 milhões de empregos entre 2006 e 2009 – o equivalente a cerca de 60% dos postos criados no país nesse período.

“São 31 mil empresas em um universo de 4,3 milhões em atividade no mercado à época, 7,9% delas com pelo menos dez pessoas empregadas, mas que têm uma capacidade de geração de emprego muito grande”, ressaltou Denise.

Os dados do IBGE indicam que, de 4,3 milhões de empresas ativas, 2 milhões tinham empregados em 2009. “Estamos falando em um universo de 31 mil empresas que respondiam por 16,6% da mão de obra em 2009 – o que dá 4,7 milhões de assalariados”.

De acordo com ela, a força do mercado interno, como consequência da recuperação do poder econômico, com a melhoria do salário médio real e a maior oferta de crédito, fez com que o país superasse melhor a crise financeira internacional em 2009. “Sem sombra de dúvidas, esses foram os motivos que levaram o país a suportar a turbulência externa provocada pela crise internacional de 2009.”

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