Economia

Anfavea espera alta do IPI a partir de julho

O presidente da associação espera a recomposição integral da alíquota sobre o imposto a partir do dia 1º do próximo mês


	Mantega: o ministro deixou claro que esta é a posição atual do governo
 (Antonio Cruz/Agencia Brasil)

Mantega: o ministro deixou claro que esta é a posição atual do governo (Antonio Cruz/Agencia Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 13h27.

São Paulo - O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse nesta quinta-feira, 05, esperar a recomposição integral da alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis a partir de 1º de julho.

De acordo com ele, nas conversas oficiais recentes, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou claro que esta é a posição atual do governo.

Além disso, Mantega teria sinalizado que não há espaço atualmente para adoção de novos mecanismos de financiamento para o setor.

"Nas conversas oficias com Mantega, a questão do IPI restou bem clara: a decisão do governo é de a partir de 1º de julho fazer aumento integral da alíquota do IPI, voltando ao status anterior a maio de 2012", afirmou Moan ao comentar os resultados do setor automotivo no mês de maio.

"Quanto ao financiamento, deixou claro a dificuldade de implementar mecanismos adicionais nesse momento", complementou.

Esta será a última recomposição do imposto, na escala de volta gradativa do IPI. Ontem, o ministro da Fazenda afirmou que "o que está definido é que terá um aumento. Poderá ser pequeno ou não" e disse ainda que o setor precisava "caminhar com as próprias pernas".

Nesta manhã, Moan deixou claro que não tem expectativa de adoção de mecanismos de estímulo via financiamento e trabalha com a adoção da recomposição total do IPI a partir do próximo mês.

"Temos o índice de confiança por parte do consumidor reduzido até em função do mau humor vigente no mercado e sofremos também na questão de seletividade do crédito", disse o presidente da Anfavea.

Ele afirmou que a questão é claramente colocada ao governo e a toda a rede bancária, mas avalia que "dentro do contexto macroeconômico, não é uma medida que possa ser adotada de imediato". "O mercado tem que andar com as próprias pernas, ou rodas", brincou Moan, citando o ministro Mantega.

Acompanhe tudo sobre:AnfaveaImpostosIPILeão

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos