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Aneel leiloará lotes remanescentes no 3º trimestre

Cinco dos treze lotes ficaram sem receber proposta nesta sexta-feira

Leilão da energia elétrica: o próximo deve ser realizado em setembro (Bruno Vincent/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 14h19.

São Paulo - O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) Reive Barros dos Santos, considerou que o leilão de transmissão realizado nesta sexta-feira, 9, foi um "sucesso", com um resultado razoável, mesmo com cinco dos treze lotes sem receberem proposta.

Ele salientou que, na média, os oito lotes leiloados geraram um deságio médio de 13,18% e vão exigir um investimento de R$ 3,5 bilhões.

Santos lembrou que, juntos, os 13 empreendimentos ofertados têm investimentos estimados de R$ 4,3 bilhões, portanto os principais projetos do leilão foram conquistados e não receberam propostas os lotes menores.

"Percebemos que alguns dos lotes, que são mais simples, foram pouco atrativos", admitiu.

Segundo ele, a agência deverá realizar uma análise desses lotes e possíveis aglutinações com outros projetos serão avaliadas, de maneira a tornar os empreendimentos mais atraentes à iniciativa privada.

A estimativa da Aneel é que após a avaliação, os projetos devem voltar a ser ofertados no próximo leilão de transmissão, que deve ser realizado em setembro.

Apesar do deságio médio de 13,18%, foram poucos os lotes com descontos expressivos em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima determinada pelo edital.

Quem puxou a média de deságio para cima foram as ofertas feitas pela espanhola Cymi Holding, que levou dois lotes, com descontos de 36,09% e 23,24%.

Houve ainda uma disputa mais acirrada pelo lote B, mas mesmo com lances a viva-voz, o deságio final ficou em apenas 9,42%. Três lotes foram conquistados praticamente sem desconto em relação ao valor máximo estabelecido. Além disso, em quatro empreendimentos houve apenas uma proposta apresentada.

Questionado sobre esse deságio menor - diferente de leilões passados, quando os descontos ficavam na casa de dois dígitos gordos - Santos afirmou que o sucesso não pode ser avaliado pelo valor do deságio. "Se a agência tivesse interesse em ter deságio de dois dígitos, a nossa estratégia seria outra", argumentou.

Para ele, o resultado do leilão confirma que o valor colocado pela Aneel para cada lote está em linha com a expectativa média do mercado, mas ainda assim garante a modicidade tarifária.

Ele salientou que o mercado ainda aposta na expansão do setor elétrico brasileiro e citou o interesse das estrangeiras. "O Brasil ainda é um ambiente seguro para investimentos", afirmou.

Dos oito lotes leiloados, quatro foram adquiridos exclusivamente por empresas espanholas e um quinto foi conquistado por consórcio no qual a sócia espanhola é majoritária.

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São Paulo - O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) Reive Barros dos Santos, considerou que o leilão de transmissão realizado nesta sexta-feira, 9, foi um "sucesso", com um resultado razoável, mesmo com cinco dos treze lotes sem receberem proposta.

Ele salientou que, na média, os oito lotes leiloados geraram um deságio médio de 13,18% e vão exigir um investimento de R$ 3,5 bilhões.

Santos lembrou que, juntos, os 13 empreendimentos ofertados têm investimentos estimados de R$ 4,3 bilhões, portanto os principais projetos do leilão foram conquistados e não receberam propostas os lotes menores.

"Percebemos que alguns dos lotes, que são mais simples, foram pouco atrativos", admitiu.

Segundo ele, a agência deverá realizar uma análise desses lotes e possíveis aglutinações com outros projetos serão avaliadas, de maneira a tornar os empreendimentos mais atraentes à iniciativa privada.

A estimativa da Aneel é que após a avaliação, os projetos devem voltar a ser ofertados no próximo leilão de transmissão, que deve ser realizado em setembro.

Apesar do deságio médio de 13,18%, foram poucos os lotes com descontos expressivos em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima determinada pelo edital.

Quem puxou a média de deságio para cima foram as ofertas feitas pela espanhola Cymi Holding, que levou dois lotes, com descontos de 36,09% e 23,24%.

Houve ainda uma disputa mais acirrada pelo lote B, mas mesmo com lances a viva-voz, o deságio final ficou em apenas 9,42%. Três lotes foram conquistados praticamente sem desconto em relação ao valor máximo estabelecido. Além disso, em quatro empreendimentos houve apenas uma proposta apresentada.

Questionado sobre esse deságio menor - diferente de leilões passados, quando os descontos ficavam na casa de dois dígitos gordos - Santos afirmou que o sucesso não pode ser avaliado pelo valor do deságio. "Se a agência tivesse interesse em ter deságio de dois dígitos, a nossa estratégia seria outra", argumentou.

Para ele, o resultado do leilão confirma que o valor colocado pela Aneel para cada lote está em linha com a expectativa média do mercado, mas ainda assim garante a modicidade tarifária.

Ele salientou que o mercado ainda aposta na expansão do setor elétrico brasileiro e citou o interesse das estrangeiras. "O Brasil ainda é um ambiente seguro para investimentos", afirmou.

Dos oito lotes leiloados, quatro foram adquiridos exclusivamente por empresas espanholas e um quinto foi conquistado por consórcio no qual a sócia espanhola é majoritária.

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