Economia

Aneel estuda forma para que distribuidoras invistam mais

Em meio aos seguidos blecautes que vêm atingindo o Rio de Janeiro, São Paulo e, hoje, parte de Brasília, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estuda criar mecanismos para induzir, nos processos de revisão das tarifas, mais investimentos por parte das distribuidoras. "Um nível de investimento a gente define muito nos processos de revisão. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Em meio aos seguidos blecautes que vêm atingindo o Rio de Janeiro, São Paulo e, hoje, parte de Brasília, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estuda criar mecanismos para induzir, nos processos de revisão das tarifas, mais investimentos por parte das distribuidoras. "Um nível de investimento a gente define muito nos processos de revisão. A Aneel está olhando isso com mais carinho: uma forma de contemplar nas revisões tarifárias um incentivo maior à questão do investimento", disse hoje o diretor-geral da agência, Nelson Hubner.

Hubner participou na manhã de hoje de reunião com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e as diretorias das distribuidoras fluminenses Light (que atende a capital) e Ampla (interior). As autoridades cobraram das empresas providências para reduzir os blecautes no Rio. Hubner disse que a Light já apresentou, no início do ano, um plano de investimentos e manutenção para reduzir as interrupções. Segundo ele, a Aneel está agora discutindo com a companhia a possibilidade de antecipar alguns desses investimentos, em áreas consideradas mais críticas.

Sobre a Ampla, Hubner disse que a Aneel vai agendar audiências públicas para a empresa discutir com a população a situação da qualidade do serviço. As audiências, ainda sem data marcada, ocorrerão dentro do processo de fiscalização da empresa e em locais onde os blecautes foram mais frequentes, como Angra dos Reis.

Ao deixar a reunião, o presidente da Ampla, Marcelo Llévenes, disse que os incidentes ocorridos na área de concessão da empresa deveram-se, em grande parte, a "condições climáticas excepcionais". Segundo ele, nos últimos cinco anos a Ampla investiu R$ 970 milhões em sua rede, e, somente este ano, estão previstos R$ 200 milhões para melhorar a qualidade do serviço.

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