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América Latina deve esquilibrar produtividade e salários

Diretor da OIT considerou que "corresponde ao Estado um papel importante para encontrar soluções para essa distribuição justa, assim como aos sindicatos".

Operários: "A melhor ferramenta é a negociação coletiva para garantir uma repartição justa da produção", disse Guy Ryder, diretor geral da OIT (REUTERS/Stringer)
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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 20h37.

Lima - Um dos desafios da América Latina é buscar uma distribuição justa entre o crescimento da produtividade e os salários, disse Guy Ryder, diretor geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

"Estamos diante de uma situação no mundo do trabalho onde a produtividade sobe e os salários não, são menores", disse à AFP Ryder, que está em Lima em uma visita de três dias.

O diretor da OIT considerou que "corresponde ao Estado um papel importante para encontrar soluções para essa distribuição justa, assim como aos sindicatos".

"A melhor ferramenta é a negociação coletiva para garantir uma repartição justa da produção", disse, após admitir que, em alguns países da América Latina, a negociação coletiva "foi fragilizada por políticas trabalhistas que afetaram a sindicalização".

Nesse sentido, ele informou que "as taxas de sindicalização e de cobertura da negociação coletiva caíram na maioria dos países da região nas ultimas décadas".


Para ele, os sindicatos devem se fortalecer a fim de se consolidar no mercado trabalhista para buscar diálogos com os empresários.

Ryder disse que outro desafio na América Latina é a redução da informalidade.

"A economia informal ainda representa mais de 40% do total de empregos na maioria dos países da região, em outros casos chega a 60%", acrescentou.

Segundo o diretor, também é necessário melhorar a qualidade dos empregos através de investimentos em programas e políticas trabalhistas.

"Políticas trabalhistas como o salário mínimo são de suma importância em uma região onde os níveis de desigualdade continuam sendo altos", informou.

Esta é a primeira visita de Ryder ao Peru desde que assumiu o cargo de diretor geral, no dia 1° de outubro de 2012. Lima é sede do Escritório Regional para América Latina e o Caribe da OIT.

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O diretor da OIT considerou que "corresponde ao Estado um papel importante para encontrar soluções para essa distribuição justa, assim como aos sindicatos".

"A melhor ferramenta é a negociação coletiva para garantir uma repartição justa da produção", disse, após admitir que, em alguns países da América Latina, a negociação coletiva "foi fragilizada por políticas trabalhistas que afetaram a sindicalização".

Nesse sentido, ele informou que "as taxas de sindicalização e de cobertura da negociação coletiva caíram na maioria dos países da região nas ultimas décadas".


Para ele, os sindicatos devem se fortalecer a fim de se consolidar no mercado trabalhista para buscar diálogos com os empresários.

Ryder disse que outro desafio na América Latina é a redução da informalidade.

"A economia informal ainda representa mais de 40% do total de empregos na maioria dos países da região, em outros casos chega a 60%", acrescentou.

Segundo o diretor, também é necessário melhorar a qualidade dos empregos através de investimentos em programas e políticas trabalhistas.

"Políticas trabalhistas como o salário mínimo são de suma importância em uma região onde os níveis de desigualdade continuam sendo altos", informou.

Esta é a primeira visita de Ryder ao Peru desde que assumiu o cargo de diretor geral, no dia 1° de outubro de 2012. Lima é sede do Escritório Regional para América Latina e o Caribe da OIT.

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