Washington - A América Latina crescerá 2,5% em 2014, quatro décimos a menos do que o previsto em janeiro, em um ambiente marcado por fortes diferenças regionais, no qual o Brasil avançará somente 1,8% no ano que vem e 2,7% em 2015, divulgou nesta terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O organismo publicou hoje o relatório semestral "Perspectivas Econômicas Globais", no qual rebaixou também a expectativa de crescimento da região para 3% em 2015, três décimos a menos do que o calculado anteriormente.
Os pontos que afetarão a expansão do Brasil, segundo o FMI, são problemas na cadeia de abastecimento, sobretudo em infraestrutura, e a fraqueza da demanda privada.
O relatório prevê, por outro lado, que a recuperação nas economias avançadas terão um impacto positivo no comércio da América Latina.
Contudo, o impacto será diminuído pelos preços mais baratos das matérias-primas, as condições menos favoráveis nos mercados financeiros e gargalos nas cadeias de abastecimento em alguns países.
A fraqueza nos investimentos e o menor empurrão do setor exportador foram os principais freios da região em 2013, apontou o Fundo Monetário Internacional.
O relatório destacou que a maioria de divisas e mercados de dívida e ações na América Latina e no Caribe foram negociados abaixo dos níveis de um ano atrás, reflexo de um ambiente externo mais adverso e da reconsideração das perspectivas da região a médio prazo.
O FMI frisou ainda as grandes diferenças na região. O organismo indicou o caso do México, cujo Produto Interno Bruto (PIB) avançará 3% em 2014 e 3,5% em 2015, após um crescimento de apenas 1,1% em 2013.
As perspectivas de crescimento futuro no país são altas graças às reformas econômicas em andamento, sobretudo nos setores energético e de telecomunicações, segundo o FMI.
Na Colômbia e no Peru também há expectativa de um crescimento alto, de 4,5% e 5,5% em 2014, respectivamente.
No Chile, a previsão é de uma moderação da expansão, com crescimento de 3,6% em 2014, contra 4,2% de 2013.
As desacelerações mais marcantes ocorrerão na Argentina e Venezuela, onde existem "grandes incertezas". O FMI prevê que a Argentina crescerá 0,5% neste ano e 1% em 2015, contra 4,3% de 2013.
Na Venezuela, as projeções são de uma contração de 0,5% em 2014 e 1% em 2015, contra o crescimento de 1% em 2013.
A Bolívia, enquanto isso, crescerá 5,1% em 2014 e 5% no ano seguinte, contra 6,8% de 2013.
América Central seguirá sem mudanças e se expandirá a um ritmo de 4% neste ano e no próximo, e o Caribe se expandirá 3,3% em 2014 e 2015.
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1. PIB
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São Paulo – O
FMI projeta que a economia mundial vai crescer 4,5% em 2018. Nada mal, considerando que a projeção para 2013 é de crescimento de 3,3%. As informações são do relatório World Economic Outlook (Perspectiva sobre a economia mundial), divulgado pelo Fundo na última semana. A maior parte das projeções de
crescimento para 2013 e 2014 caiu em relação a publicação anterior, divulgada em janeiro. Nas economias avançadas, a expectativa para 2013 é de gradual aceleração na atividade, seguindo um começo fraco, com os
Estados Unidos no comando. Nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento, a atividade já ganhou velocidade, segundo o FMI. O fundo alerta “Perigos antigos permanecem e novos riscos vieram à tona”. Veja as projeções do fundo para o crescimetno das principais economias em 2013, 2014 e 2018.
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2. Estados Unidos
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2/22 (Kay Nietfeld/Corbis/Latin Stock)
O fundo projeta que a economia norte-americana vai crescer 2,9% em 2018. Para os próximos anos, a expectativa é de aumento de 1,9% em 2013 e 3,0% em 2014. Ambas projeções caíram em relação as projeções do relatório anterior. As quedas foram de 0,2 ponto percentual e 0,1 ponto percentual, respectivamente. Em 2012, a economia norte-americana cresceu 2,2%.
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3. Zona do Euro
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3/22 (Sean Gallup/Getty Images)
Após cair 0,6% em 2012, a economia da Zona do Euro deve seguir caindo (0,3%) em 2013, segundo projeção do FMI. Para 2014, a expectativa é de crescimento de 1,1%. A projeção para 2013 caiu 0,2 p.p. em relação à projeção anterior. Para 2018, a projeção de crescimento é de 1,6%.
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4. Alemanha
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4/22 (Andreas Rentz/Getty Images)
A Alemanha, que ainda se mantém com crescimento positivo (0,9% em 2012) deve crescer 0,6% em 2013, 1,5% em 2014 e 1,2% em 2018. A projeção de 2013 subiu 0,1 p.p. em relação à expectativa anterior.
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5. França
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A projeção para a França é de queda de 0,1% no PIB real em 2013 e elevação de 0,9% em 2014 - após se manter em zero em 2012. A expectativa para 2018 é de crescimento de 1,9%. A projeção para 2013 caiu 0,4p.p. em relação a anterior.
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6. Itália
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6/22 (Ezra Shaw/Getty Images)
Um dos países que mais vivencia a crise (seu PIB real caiu 2,4% em 2012) continuará vendo seu PIB cair em 2013 (queda de 1,5%) para depois crescer 0,5% em 2014 e 1,2% em 2018, segundo as projeções do FMI. A revisão das expectativas tirou mais 0,4 p.p. da projeção para 2012.
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7. Espanha
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7/22 (Jasper Juinen/Getty Images)
Outro país símbolo da crise na Zona do Euro, a Espanha viu seu PIB realcair 1,4% em 2012. As projeções para 2013 e 2014 cairam 0,1p.p. em relação ao relatório anterior. A projeção para o PIB real em 2013 é de queda de 1,6%. Para 2014, a expectativa é de crescimento de 0,7% - e de 1,6% em 2018.
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8. Japão
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As expectativas para o Japão também mudaram em relação ao relatório anterior – mas ao contrário do que ocorreu com as da Itália e da Espanha, elas subiram. A projeção de crescimento em 2013 subiu 0,4 pp, passando para 1,6%. Para 2014, a projeção é 0,7pp maior, de elevação de 1,4%. A projeção para crescimento em 2018 é de 1,1%.
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9. Reino Unido
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O Reino Unido cresceu 0,2% em 2012 e as projeções apontam para crescimento de 0,7% em 2013 e 1,5% em 2014 – e os números estão 0,3p.p. inferiores às projeções da pesquisa anterior. Para 2018, a projeção do FMI é de crescimento de 2,5%.
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10. Canadá
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10/22 (GettyImages)
O Canadá cresceu 1,8% em 2012 e o FMI projeta que irá crescer 1,5% em 2013 (queda de 0,3p.p. em relação a expectativa anterior), 2,4% em 2014 (aumento de 0,1p.p.) e 2,2% em 2018.
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11. Rússia
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11/22 (Ilya Naymushin/Reuters)
A expectativa do FMI é que o PIB real da Rússia cresça 3,6% em 2018. Na Rússia, a projeção para 2013 repete o crescimento obtido em 2012: 3,4% (a revisão diminuiu a projeção em 0,3p.p.). Para 2014, a projeção é de crescimento de 3,8%.
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12. China
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12/22 (Getty Images)
A China segue crescendo muito, de acordo com as projeções, mas não vai bater os 9,3% registrados em 2011. O país cresceu 7,8% em 2012 e as projeções apontam para 8,0% em 2013 e 8,2% em 2014. E elas foram revisadas, diminuindo 0,1 p.p. e 0,3 p.p. respectivamente em relação a anterior. A projeção de crescimento para 2018 é de 8,5%.
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13. Índia
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13/22 (Andrew Caballero-Reynolds/AFP)
A Índia cresceu 4,0% em 2012. Apesar de suas projeções de crescimento terem caído (-0,2 p.p.) e 2014 (-0,1p.p.), as projeções se destacam em meio a tantas expectativas baixas de crescimento: 5,7% em 2013, 6,2% em 2014 e 7,0% em 2018.
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14. Brasil
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As projeções de crescimento do PIB real do Brasil novamente estão no 3,0% que o país esperava obter em 2012 – mas acabou registrando 0,9%. A expectativa do FMI é de crescimento de 3,0% em 2013, de 4,0% em 2014 e de 4,2% em 2018. Elas foram revisadas, com queda de 0,5p.p. da projeção para 2013 em relação à expectativa do relatório anterior e elevação de 0,1p.p. para 2014.
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15. México
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15/22 (Kevin C. Cox/Getty Images)
O México cresceu 3,9% em 2012. A projeção para 2013 é a mesma para 2014: crescimento de 3,4%. Para 2018, a expectativa está em 3,3%. A revisão para as duas projeções em relação ao relatório anterior também foi a mesma: queda de 0,1ppp.
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16. África do Sul
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16/22 (Getty Images)
O FMI projeta um crescimento de 3,1% na África do Sul em 2018. O país cresceu 2,5% em 2012. Para 2013 a projeção é de 2,8% e, 2014, aumento de 3,3%. Em relação ao relatório de janeiro, a mudança foi uma queda de 0,8p.p. na projeção de 2014.
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17. América Latina e Caribe
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17/22 (Divulgação)
Na América Latina e Caribe, o crescimento foi de 3,0% em 2012 e a projeção é de 3,4% em 2013 e 3,9% em 2014 e em 2018. A projeção para crescimento em 2013 caiu 0,3p.p. em relação ao relatório anterior.
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18. Europa Central e Leste Europeu
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18/22 (Daniel Berehulak/Getty Images)
O FMI projeta um crescimento de 3,8% do PIB real da Europa Central e do Leste Europeu. A região cresceu 1,6% em 2012. A projeção para 2013 é de crescimento de 2,2% (queda de 0,3p.p. em relação a projeção do relatório anterior) e de 2,8% em 2014 (queda de 0,4p.p.).
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19. Oriente Médio, Norte da África, Afeganistão e Paquistão
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Para 2018, a projeção do FMI para o crescimento dessa região é de 3,5%. A região cresceu 4,7% em 2012 e as projeções para 2013 e 2014 são de crescimento de 3,1% e 3,7%, respectivamente. Em relação ao relatório anterior, ocorreu queda de 0,3p.p. e 0,1 p. p.
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20. África subsaariana
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20/22 (Getty Images)
A região cresceu 4,8% em 2012. A projeção para 2013 é de crescimento de 5,6%, seguido por 6,1% em 2014 e 5,5% em 2018. Em relação ao relatório anterior, a projeção para 2013 caiu 0,2pp. Na projeção para 2013 ocorreu uma alta de 0,4p.p.
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21. Ásia em desenvolvimento
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21/22 (China Photos/Getty Images)
O FMI projeta um crescimento de 7,7% do PIB real da região em 2018. A região cresceu 6,6% em 2012. A projeção para 2013 é de crescimento de 7,1% e de 7,3% em 2014 (queda de 0,1p.p. em relação a projeção do relatório anterior).
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22. Veja também onde é mais caro viver
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22/22 (Wikimedia Commons)