Ambições da África de aumentar refino de petróleo desvanecem
Esforços estão sendo frustrados por uma feroz concorrência de refinarias e vendedores estrangeiros, que inundam o mercado de US$ 80 bilhões
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 16h25.
Dacar - Os esforços da África para aumentar para abastecer a crescente demanda por combustível do continente estão sendo frustrados por uma feroz concorrência de refinarias e vendedores estrangeiros de petróleo, que inundam o mercado de 80 bilhões de dólares com importações.
Os governos africanos querem mais refinarias de petróleo para reduzir suas importações de combustível e valorizar mais o petróleo bruto do próprio continente.
Mas os investidores dos quais os governos tanto necessitam estão retirando ou mudando seu foco para a comercialização ou armazenamento, para aproveitar o crescimento de cerca de 5 por cento da demanda da região, superior ao crescimento da China e da Índia.
Para muitos distribuidores, é mais barato importar o combustível das refinarias da Índia ou do Golfo dos EUA, e até mesmo da China, do que de fontes muitas vezes não confiáveis, de antigas plantas locais.
"Nossa visão é que a crescente demanda africana vai ser de modo geral atendida pelas importações", disse David Bleasdale, da CITAC .
A consultoria sediada no Reino Unido estima que dos planejados 1,1 milhão de barris por dia de nova capacidade de refino da África, somente cerca de um terço, ou 400 mil barris, serão construídos.
A indiana Essar disse em outubro que irá sair de sua participação de 50 por cento da planta de Mombasa, no Quênia, a última refinaria do leste da África, a qual a empresa havia planejado modernizar, dizendo que não era "economicamente viável no atual cenário de refino".
Operadores de combustível boicotaram compras da planta, culpando os custos e a qualidade, e aumentaram suas importações de empresas como Gulf Energy e Total.
Projetos similares de melhorias, como o do saudita Bin Laden Group para quadruplicar a produção de uma pequena refinaria do Senegal, de 27 mil barris por dia, nunca decolaram. Mesmo países com um fornecimento constante de petróleo bruto como a Guiné Equatorial abandonaram seus projetos, apesar de grandes plantas serem propostas aos produtores de petróleo da Nigéria e Angola.
"A concorrência para abastecer a África só vai aumentar. Mesmo que três projetos sejam construídos, não vai ter como eles acompanharem o crescimento da demanda", disse Rolake Akinkugbe, chefe de pesquisa de petróleo e gás do Ecobank.
O banco ainda observou que na última década, apenas 7 de 90 projetos de refino da África foram concluídos.
Dacar - Os esforços da África para aumentar para abastecer a crescente demanda por combustível do continente estão sendo frustrados por uma feroz concorrência de refinarias e vendedores estrangeiros de petróleo, que inundam o mercado de 80 bilhões de dólares com importações.
Os governos africanos querem mais refinarias de petróleo para reduzir suas importações de combustível e valorizar mais o petróleo bruto do próprio continente.
Mas os investidores dos quais os governos tanto necessitam estão retirando ou mudando seu foco para a comercialização ou armazenamento, para aproveitar o crescimento de cerca de 5 por cento da demanda da região, superior ao crescimento da China e da Índia.
Para muitos distribuidores, é mais barato importar o combustível das refinarias da Índia ou do Golfo dos EUA, e até mesmo da China, do que de fontes muitas vezes não confiáveis, de antigas plantas locais.
"Nossa visão é que a crescente demanda africana vai ser de modo geral atendida pelas importações", disse David Bleasdale, da CITAC .
A consultoria sediada no Reino Unido estima que dos planejados 1,1 milhão de barris por dia de nova capacidade de refino da África, somente cerca de um terço, ou 400 mil barris, serão construídos.
A indiana Essar disse em outubro que irá sair de sua participação de 50 por cento da planta de Mombasa, no Quênia, a última refinaria do leste da África, a qual a empresa havia planejado modernizar, dizendo que não era "economicamente viável no atual cenário de refino".
Operadores de combustível boicotaram compras da planta, culpando os custos e a qualidade, e aumentaram suas importações de empresas como Gulf Energy e Total.
Projetos similares de melhorias, como o do saudita Bin Laden Group para quadruplicar a produção de uma pequena refinaria do Senegal, de 27 mil barris por dia, nunca decolaram. Mesmo países com um fornecimento constante de petróleo bruto como a Guiné Equatorial abandonaram seus projetos, apesar de grandes plantas serem propostas aos produtores de petróleo da Nigéria e Angola.
"A concorrência para abastecer a África só vai aumentar. Mesmo que três projetos sejam construídos, não vai ter como eles acompanharem o crescimento da demanda", disse Rolake Akinkugbe, chefe de pesquisa de petróleo e gás do Ecobank.
O banco ainda observou que na última década, apenas 7 de 90 projetos de refino da África foram concluídos.