Economia

Alta do diesel nas refinarias da Petrobras já foi repassada às bombas

Levantamento da ANP demonstra que o combustível ficou R$ 0,25 mais caro nas bombas, considerando a média de preços da semana anterior à alta da Petrobras, de R$ 4,707

Bomba de combustíveis: O litro do diesel está 2% mais barato (Sol de Zuasnabar Brebbia/Getty Images)

Bomba de combustíveis: O litro do diesel está 2% mais barato (Sol de Zuasnabar Brebbia/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de outubro de 2021 às 20h16.

Última atualização em 14 de outubro de 2021 às 16h30.

O reajuste do preço do óleo diesel nas refinarias da Petrobras, no último dia 28, de R$ 0,25 por litro, já foi completamente repassado aos consumidores finais. Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) demonstra que o combustível ficou R$ 0,25 mais caro nas bombas, considerando a média de preços da semana anterior à alta da Petrobras, de R$ 4,707, e a da semana passada, de R$ 4,961, última pesquisada pelo órgão regulador.

Isso significa que qualquer acréscimo a esse valor, a partir de agora, servirá para que empresas de distribuição ou de revenda refaçam suas margens de lucro. Em alguma medida, algum ganho elas já tiveram, porque o reajuste nos postos deveria ser menor do que o da Petrobras, já que uma parcela do produto vendido na bomba é composto por biodiesel e não pelo derivado da estatal.

Apesar dessa alta recente, os preços praticados no Brasil ainda estão abaixo dos internacionais e não há oportunidade de importação neste momento, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Segundo a entidade, a valorização do brent e o câmbio seguem pressionando os preços domésticos.

Desde o dia 29, o preço de importação do litro do diesel já subiu R$ 0,36, de acordo com a entidade. Com isso, a diferença entre os mercados brasileiro e internacional seria de R$0,60/l, em média. "As janelas de oportunidade de importação estão todas fechadas, tanto para gasolina quanto para o diesel", diz Sérgio Araújo, presidente da Abicom.

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