Economia

Alta de impostos retardará o crescimento da economia, diz ACSP

Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp, preocupa-se com o efeito do aumento de impostos sobre o desempenho do varejo e a demanda do consumidor

Impostos: para Burti, o governo deveria "trabalhar mais" para compensar a deficiência orçamentária de R$ 58,2 bilhões (BernardaSv/Thinkstock)

Impostos: para Burti, o governo deveria "trabalhar mais" para compensar a deficiência orçamentária de R$ 58,2 bilhões (BernardaSv/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de março de 2017 às 16h13.

São Paulo - O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, criticou a possível de elevação de impostos, que foi sinalizada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles nesta semana.

Em sua avaliação, essa é a pior decisão a ser tomada, pois o aumento de tributos só irá retardar o crescimento da economia.

Ele revelou preocupação com o efeito do eventual aumento de impostos sobre o desempenho do varejo e sobre a demanda do consumidor.

"Sabemos que por mais temporários que sejam os aumentos propostos, uma vez que eles sobem, eles jamais caem", avaliou Burti ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, destacando ainda que o governo tem maioria no Congresso para aprovar a elevação de tributos.

Para Burti, o governo deveria "trabalhar mais" para compensar a deficiência orçamentária de R$ 58,2 bilhões - para além do déficit previsto de R$ 139 bilhões este ano - com receitas extraordinárias, como a repatriação de recursos e as concessões e privatizações, que, segundo ele, estão "lentas".

O presidente da ACSP considera ainda que o governo foi excessivamente otimista nas primeiras avaliações do orçamento de 2017.

"O governo avaliou mal as contas deste ano, e, agora, percebeu que não vai ter tanto dinheiro quanto imaginou em sua estimativa inicial", diz.

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