Economia

Alta da Selic é "presentão de Natal", diz Força Sindical

A entidade diz que "o remédio do arrocho, em dose muito forte, pode intoxicar a economia e colocá-la na UTI"


	Dinheiro: "Infelizmente, o governo continua se curvando aos especuladores", diz nota da Força
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Dinheiro: "Infelizmente, o governo continua se curvando aos especuladores", diz nota da Força (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2014 às 20h03.

Brasília - A elevação da taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual, anunciada nesta quarta-feira, 3, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), foi classificada pela Força Sindical como um "presentão de Natal" do governo aos especuladores.

A entidade afirma, ainda, que "dose forte pode matar o paciente".

A taxa Selic subiu de 11,25% para 11,75% ao ano.

"O governo insiste em editar medidas de aperto monetário num País que está com a atividade econômica estagnada e com uma indústria que vem acumulando resultados negativos mês após mês. Estas políticas inflacionárias mal orientadas deprimem ainda mais a economia, em vez de fazê-la crescer", critica a Força Sindical.

A entidade diz, ainda, que "o remédio do arrocho, em dose muito forte, pode intoxicar a economia e colocá-la na UTI".

Segundo a Força Sindical, os juros já comprometem as campanhas salariais das categorias com data-base no primeiro semestre de 2016.

"Infelizmente, o governo continua se curvando aos especuladores. De janeiro até agora, o governo pagou R$ 253 bilhões à turma da especulação", cita nota da Força.

E as críticas da Força Sindical de hoje foram mais adiante, atingindo as recentes indicações da presidente Dilma Rousseff para o novo ministério.

"O governo que ainda não iniciou acaba de anunciar um ministro da Fazenda que promete reforçar o aperto monetário com austeridade fiscal, mantendo o câmbio flexível", cita a entidade, sobre o anúncio de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa para o Ministério do Planejamento.

"Em vez de recuperar a economia, essa guinada pode levar o País à recessão e ao desemprego", aponta a entidade.

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