Economia

Alta da gasolina pode ter impacto no IPCA, diz FGV

Já o efeito da alta do óleo diesel "será residual" porque afeta mais o grande produtor, segundo André Braz, economista da FGV

Inflação: os efeitos devem aparecer no indicador de inflação de dezembro, podendo se estender um pouco até janeiro (Ricardo Moraes/Reuters/Reuters)

Inflação: os efeitos devem aparecer no indicador de inflação de dezembro, podendo se estender um pouco até janeiro (Ricardo Moraes/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 19h09.

Rio - A Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima que o reajuste do preço da gasolina nas refinarias da Petrobras, se repassado integralmente ao consumidor, vai ter impacto de até 0,12 ponto porcentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Já o efeito da alta do óleo diesel "será residual" porque afeta mais o grande produtor, segundo André Braz, economista da Fundação.

A projeção da Petrobras é de que, com a alta de 8,1%, em média, nas refinarias, válida a partir desta terça-feira (6), o consumidor final pague mais 3,4% ou R$ 0,12 pelo litro da gasolina.

Os efeitos devem aparecer no indicador de inflação de dezembro, podendo se estender um pouco até janeiro. Com isso, a FGV revisou sua projeção de IPCA de 6,6% para 6,7% no fechamento deste ano.

"A gasolina já teve duas quedas (nas refinarias da Petrobras), que foram blindadas, não chegaram ao consumidor, por causa do aumento do etanol (adicionado à gasolina produzida pela estatal). Agora, o preço do etanol está voltando um pouco e as quedas anteriores podem compensar parte da alta de agora", avaliou Braz, destacando a possibilidade de o consumidor não sentir o reajuste nas refinarias por completo.

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