Economia

Alimentos ajudam IPCA-15 a desacelerar em fevereiro

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 é considerado uma prévia da inflação oficial

Já os preços no grupo Alimentos desaceleraram a alta em fevereiro a 0,29%, puxado por alimentos consumidos fora do domicílio (Getty Images)

Já os preços no grupo Alimentos desaceleraram a alta em fevereiro a 0,29%, puxado por alimentos consumidos fora do domicílio (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2012 às 09h38.

Rio de Janeiro - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) -considerado uma prévia da inflação oficial- desacelerou a alta em fevereiro, ao subir 0,53 por cento, ante alta de 0,65 por cento em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, com custos menores dos alimentos.

Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,58 por cento em fevereiro, segundo a mediana de 24 previsões, que variaram entre alta de 0,40 por cento e de 0,65 por cento.

No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 registrou alta de 5,98 por cento, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores, quando ficou em 6,44 por cento. É a menor variação desde dezembro de 2010, quando ficou em 5,79 por cento.

Em fevereiro de 2011, o IPCA-15 havia ficado em 0,97 por cento.

A principal influência de alta sobre o indicador veio do grupo Educação, que subiu 5,66 por cento, após alta de 0,39 por cento em janeiro, respondendo por 47 por cento do índice cheio. O movimento foi puxado especialmente pelo aumento de 6,95 por cento nas mensalidades dos cursos reguladores, item de maior impacto individual no mês.

Já os preços no grupo Alimentos desaceleraram a alta em fevereiro a 0,29 por cento, após acréscimo de 1,25 por cento em janeiro, puxado por alimentos consumidos fora do domicílio, com alta de 0,65 por cento, ante taxa positiva de 1,47 por cento.

Em janeiro passado, o IPCA-15 havia subido 0,65 por cento, ante uma alta de 0,56 por cento em dezembro, movimento que havia acendido uma luz amarela entre os analistas, que viam mais dificuldades para a continuidade do afrouxamento da política monetária pela pressão que ainda existia sobre os preços.

O Banco Central tem dado todos os sinais de que continuará reduzindo a Selic. Desde agosto passado, já foram quatro quedas de 0,50 ponto percentual cada, levando a taxa básica de juros aos atuais 10,50 por cento ao ano.

A autoridade monetária vem reforçando o discurso que a inflação caminha para o centro da meta de inflação -de 4,5 por cento pelo IPCA- neste ano e que busca trazer a Selic de novo para o patamar de um dígito.

Esta é a primeira divulgação do IPCA-15 com a nova estrutura de pesos, que incorpora os resultados dos gastos de consumo da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/2009.

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