Economia

Alguns bancos italianos podem ter dificuldades, diz BC

Ignazio Visco, presidente do BC, disse que os bancos da Itália ficaram enfraquecidos pela crise da dívida soberana da zona do euro

Presidente do Banco Central da Itália, Ignazio Visco: autoridade afirmou que acionistas devem estar prontos para diluir suas participações e incentivar fusões (Alastair Grant/Reuters)

Presidente do Banco Central da Itália, Ignazio Visco: autoridade afirmou que acionistas devem estar prontos para diluir suas participações e incentivar fusões (Alastair Grant/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 10h41.

Roma/Milão - Alguns bancos italianos enfrentarão prováveis dificuldades e os acionistas devem estar prontos para diluir suas participações e incentivar fusões, afirmou na sexta-feira o presidente do banco central do país.

Ignazio Visco disse em um importante discurso que os bancos da Itália ficaram enfraquecidos pela crise da dívida soberana da zona do euro, e a consequente recessão, e alguns estão agora "em risco de estar em dificuldade".

Visco não especificou sobre quais bancos ele estava se referindo.

A recessão mais longa da Itália no pós-guerra criou um círculo vicioso de aumento da inadimplência nos bancos, que responderam por meio de redução nos empréstimos para empresas e consumidores Os empréstimos de liquidação duvidosa excedem 130 bilhões de euros e se espera que continuem a crescer ao longo do ano, apesar de dados recentes dos dois maiores bancos da Itália, UniCredit e Intesa Sanpaolo, mostrarem uma desaceleração no primeiro trimestre de 2013.

Visco, que determinou uma auditoria sobre os 20 maiores bancos do país entre o final de 2012 e início de 2013, disse que os níveis de cobertura de empréstimos ruins melhorou para 44 por cento mas isso preciso ser mantido e, em alguns casos, ampliado.

Ele pediu aos acionistas dos bancos - as fundações politicamente conectadas que controlam os maiores bancos do país - para estarem prontos a renunciar a dividendos, e "aceitarem a diluição do controle, e encorajar onde for necessário fusões com outros bancos".

Visco defendeu a supervisão do banco central sobre o setor e disse que a base de capital do Monte dei Paschi di Siena, que recebeu um resgate estatal de 4,1 bilhões de euros, agora estava adequada.

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