Alemanha pressiona China para praticar discurso antiprotecionista
Embaixada alemã fez declarações antes do discurso do presidente das China, Xi Jinping, no Fórum Econômico Mundial em Davos
Reuters
Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 11h09.
Pequim - A embaixada da Alemanha em Pequim pediu nesta segunda-feira à China que tome medidas para abrir seus mercados a empresas estrangeiras para combater o crescente protecionismo global, antes do discurso do presidente chinês, Xi Jinping, no Fórum Econômico Mundial em Davos.
Xi deverá promover a "globalização inclusiva" em seu discurso de abertura, quando se tornará o primeiro presidente chinês a participar da reunião anual de líderes políticos, executivos-chefes e celebridades nos Alpes Suíços, nesta semana.
Essa mensagem é condizente com o que Xi disse no fórum da Ásia-Pacífico no Peru em novembro, onde líderes prometeram combater o protecionismo e fazer avançar acordos comerciais multilaterais, dias após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Xi será o "principal líder internacional" no fórum, afirmou a embaixada alemã, acrescentando que o mundo precisa de "forte liderança política, fortes sinais políticos e, acima de tudo, ação crível que mostre o que queremos dizer quando falamos sobre mais abertura".
"A liderança política da China nunca deixa de nos assegurar que uma maior abertura para o investimento estrangeiro, a igualdade de condições entre empresas alemãs e chinesas, bem como a proteção da propriedade intelectual, são uma prioridade", disse a embaixada em seu site.
"No entanto, muitas empresas continuam nos dizendo que suas dificuldades nessas áreas aumentaram", acrescentou. "Muitas vezes parece que, no fim, garantias políticas de tratamento igual dão espaço a tendêncais protecionistas."