Economia

Alemanha considera concessões por pacto fiscal na UE

O tratado sobre disciplina orçamentária na zona do euro precisa para ser aprovado por dois terços dos parlamentares nas duas casas alemãs

A Democracia Cristã, partido de Merkel, estaria preparada para conversar sobre como os mercados financeiros poderiam ajudar com os custos da crise na zona do euro (John Macdougall/AFP)

A Democracia Cristã, partido de Merkel, estaria preparada para conversar sobre como os mercados financeiros poderiam ajudar com os custos da crise na zona do euro (John Macdougall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2012 às 17h28.

São Paulo - A chanceler alemã, Angela Merkel, está pronta a fazer concessões em relação ao pacto fiscal europeu. Assim poderia ganhar o apoio necessário da oposição para aprovar as medidas no Parlamento. A informação foi publicada neste sábado por um jornal alemão.

A Democracia Cristã, partido de Merkel, estaria preparada para conversar sobre como os mercados financeiros poderiam ajudar com os custos da crise na zona do euro, mas esses governistas descartam a criação de uma taxa para transações financeiras em alguns países da União Europeia.

Programas de estímulo para ajudar países do sul da Europa ou combater o desemprego entre os jovens seriam considerados difíceis, disse o jornal Sueddeutsche Zeitung.

Segundo a publicação, o líder conservador do Parlamento Volker Kauder quer convidar outros partidos para uma reunião na semana que vem, para que se identifique possíveis acordos.

O tratado sobre disciplina orçamentária na zona do euro precisa para ser aprovado por dois terços dos parlamentares nas duas casas alemãs.

Apesar dos sociais-democratas, principais opositores, terem se alinhado com Merkel no passado em relação às políticas para a zona do euro, eles pedem agora concessões em troca do apoio.

Peer Steinbrueck, líder social-democrata, afirmou em entrevista que o partido quer um pacote de crescimento para o sul da Europa e uma taxa sobre atividades financeiras.

Mas ele não falou em "taxa sobre transações financeiras", uma ideia que encontra resistência entre os europeus. A Holanda e o Reino Unido, por exemplo, são contra.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, alertou a oposição contra a vinculação do apoio ao pacto fiscal à aprovação de uma taxa sobre transações. Isso poderia, segundo ele, paralisar o processo.

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