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Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2010 às 09h14.
Berlim - O gabinete ministerial alemão aprovou hoje um novo pacote de diretrizes para as relações deste país com os estados da América Latina e do Caribe diante da crescente importância política e econômica de algumas nações como o Brasil e o México.
Após ressaltar que a América Latina compartilha com a Europa e a Alemanha valores comuns, o chefe da diplomacia alemã assegurou que as relações deste país com essas nações "têm para mim uma importância pessoal".
"Trata-se de uma região mundial que é subvalorizada na Europa", apesar de contar com um dos mercados de crescimento mais dinâmicos, disse Westerwelle em entrevista coletiva. Para ele, a indústria alemã deve aproveitar ali "suas possibilidades ao máximo".
Ele ressaltou que o novo conceito da Alemanha para a América Latina afeta todos os ministérios e não se centra exclusivamente nos aspectos econômicos, mas atende à crescente importância estratégica da região.
A nova perpectiva da política alemã para a América Latina substitui a elaborada há 15 anos e pretende aprofundar as relações da Alemanha com os países em todos os campos, desde o político e econômico, ao social e cultural.
O documento de 96 páginas ressalta que a Alemanha deve "se esforçar ativamente" para manter e aumentar as estreitas relações com diferentes países latino-americanos.
Segundo o texto, para a economia e indústria alemãs, a América Latina não só é uma importante base de produção das empresas germânicas, mas um "mercado de contínuo crescimento" para a venda de seus produtos.
O novo conceito destaca como metas importantes da Alemanha na América Latina uma participação mais ativa na proteção ao meio ambiente, à pesquisa e à educação, assim como ao fomento da democracia e ao estado de direito.
A aprovação das novas diretrizes da política alemã em direção à América Latina pelo conselho de ministros ocorreu sob a Presidência do vice-chanceler e titular de Exteriores, Guido Westerwelle, isso porque a chanceler federal, Angela Merkel, está de férias.
O documento lembra que a "América Latina e o Caribe se mantêm, ao contrário que outras regiões do planeta, como uma zona de paz", a primeira do mundo livre de armas nucleares após a assinatura do tratado de Tlateloco.
"O Governo federal considera prioritário fazer sua contribuição para a consolidação das democracias representativas e a estabilização das economias na América Latina e na região do Caribe, também para que possa ser desenvolvido plenamente o potencial das relações (com esses países)", assinala.
Acrescenta que "para a realização de metas políticas de importância mundial como a criação e manutenção da paz, a imposição dos direitos humanos e o direito internacional, e também à proteção ao meio ambiente e aos recursos, assim como uma ordem comercial justa em nível mundial e a reforma das Nações Unidas temos 33 Governos parceiros na América Latina e no Caribe.
O documento destaca igualmente o apoio da Alemanha aos processos regionais de integração de organizações como Mercosul, Comunidade Andina de Nações (CAN), Sistema de Integração Centro-Americana (Sica) e Comunidade do Caribe (Caricom), assim a crescente cooperação entre os países latino-americanos com a União Europeia.
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