Economia

Alemanha aceita regulação bancária sem alteração de tratado

A solução conciliatória pode representar um avanço para o término do projeto mais ambicioso desde o inicio do euro


	A zona do euro busca uma resolução bancária para restaurar o crédito à economia, recuperar a confiança e estimular o crescimento
 (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

A zona do euro busca uma resolução bancária para restaurar o crédito à economia, recuperar a confiança e estimular o crescimento (Chris Ratcliffe/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2013 às 15h24.

Vilnius - A Alemanha está trabalhando num plano que permitiria finalizar uma regulamentação bancária da zona do euro sem alterar a atual legislação da União Europeia, possivelmente removendo um grande obstáculo para o término do projeto mais ambicioso desde o inicio do euro, disseram autoridades da UE.

Até agora, Berlim tem insistido que o bloco de 28 países precisa alterar o seu tratado, caso pretenda passar poder para amparar bancos com problemas do nível nacional para o europeu.

A solução conciliatória com a qual os funcionários da chancelaria de Berlim estão discutindo com os parceiros da UE seria um avanço porque a insistência da Alemanha até agora levaria a um processo longo e politicamente arriscado.

A zona do euro precisa urgentemente de uma resolução bancária para restaurar o crédito à economia, recuperar a confiança e estimular o crescimento, para que as economias com problemas no sul possam pagar suas dívidas. Isso também ajudaria a evitar outra crise da dívida soberana.

"A chancelaria está preparando uma solução para depois das eleições alemãs. Eles estão trabalhando nisso, em conjunto com as autoridades da zona do euro," disse uma fonte sênior envolvida nas negociações.


Em Berlim, um alto funcionário disse que o governo estava pensando não apenas em uma, mas em muitas situações. Negociações sérias só aconteceriam em novembro ou dezembro e ficariam a cargo do próximo governo, que será eleito no dia 22 de setembro, disse a fonte. A escolha do plano dependeria do resultado das negociações de coalizão.

Autoridades da UE ficaram animadas com o fato da Alemanha estar se envolvendo nas negociações, já que até agora, vinha citando os obstáculos legais. Uma autoridade de Bruxelas disse que a proposta trouxe esperança de uma solução até o final do ano, mesmo que as posições ainda estejam bem distantes.

O chefe dos ministros das finanças da UE, Jeroen Dijsselbloem, disse no sábado que se esforçaria para acelerar o processo após as eleições na Alemanha, para criar um organismo que poderia exigir a reestruturação ou o encerramento de qualquer banco da zona do euro.

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