Economia

Ainda há juros altos no Brasil, mas em processo de redução, diz BC

Membro da área de estatísticas da instituição afirma que queda da taxa de juros média no crédito livre em setembro era esperada, por causa da baixa da Selic

Juros: taxa média de juros no crédito livre caiu de 37,9% ao ano em agosto para 36,9% ao ano em setembro (Priscila Zambotto/Getty Images)

Juros: taxa média de juros no crédito livre caiu de 37,9% ao ano em agosto para 36,9% ao ano em setembro (Priscila Zambotto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de outubro de 2019 às 14h55.

Brasília - O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou nesta sexta-feira, 25, que a queda da taxa de juros média no crédito livre em setembro era esperada, devido ao ciclo de redução da Selic ao longo de 2019. A taxa média de juros no crédito livre caiu de 37,9% ao ano em agosto para 36,9% ao ano em setembro.

Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 52,1% para 51,3% ao ano de agosto para setembro, enquanto para pessoa jurídica foi de 18,9% para 17,8% ao ano.

"Ainda temos juros altos na economia brasileira e o ideal é que esses juros continuem se reduzindo", avaliou Rocha. "Quando se olha um conjunto de modalidades específicas, muitas delas já estão com juros no mínimo da série histórica, mas esse movimento ainda não chegou nas modalidades rotativas (cartão, cheque especial) que continuam com juros altos", completou.

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central destacou que os juros cobrados em três das principais linhas de empréstimos para empresas com recursos livres chegaram em setembro aos menores níveis da série histórica.

No caso do desconto de duplicatas, a taxa ficou em 16,2% no mês passado. Para a linha de antecipação da fatura de cartão de crédito, os juros médios cobrados em setembro ficaram em 12,5%.

Já para o capital de giro, os juros de setembro ficaram em 15,7%, bem próximo do piso da série histórica, de 15,4% em dezembro de 2012.

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