Economia

Agropecuária alavanca as vendas do setor de aviação executiva

Por outro lado, as indústrias da construção civil e de óleo e gás praticamente deixaram de ser clientes

Agropecuária: registrou alta de 3% no número de aeronaves compradas no ano passado (foto/Divulgação)

Agropecuária: registrou alta de 3% no número de aeronaves compradas no ano passado (foto/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 10h56.

São Paulo - A atual melhora do nível de vendas do setor de aviação executiva tem sido puxada por segmentos econômicos que estão sofrendo menos com a crise, como o de serviços e, principalmente, o de agronegócios. De acordo com a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), companhias de agricultura e pecuária registraram alta de 3% no número de aeronaves compradas no ano passado.

"O agronegócio se tornou um comprador sólido e tem potencial de crescer ainda mais", disse o diretor de vendas de aeronaves da Líder Aviação - que representa a Honda Aircraft no País -, Philipe Figueiredo.

Por outro lado, as indústrias da construção civil e de óleo e gás praticamente deixaram de ser clientes. O presidente da Helibras, Richard Marelli, destaca que o segmento de helicópteros tem sofrido por ter focado muito na venda de equipamentos que atendiam plataformas de petróleo offshore. Em todo o mundo, a comercialização de helicópteros também caiu com a diminuição dos preço do petróleo verificada nos últimos anos, diz Marelli.

Para o executivo da Helibrás, os patamares de venda só atingirão níveis mais saudáveis depois de 2019. Marelli afirma que falta confiança no mercado, e que isso não vai melhorar antes da eleição presidencial. "Paramos de piorar, mas a subida é devagar, e o mercado só vai voltar de verdade quando a confiança for retomada."

Figueiredo é ainda mais pessimista e só vê um crescimento mais acelerado para depois de 2020. "O que temos agora é um cenário melhor do que o de dois anos atrás, mas é uma melhoria amena. A concretização ficará para mais tarde." A Líder comercializava entre 25 e 30 aeronaves antes da crise. Em 2016, os negócios caíram à metade.

Globalmente, o setor de aviação executiva também vive uma retração desde 2009.

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