Economia

Agricultores pedem R$ 25 bi para safra 2002/2003

Os agricultores brasileiros querem 25 bilhões de reais para financiar a próxima safra, de 2002/2003 -- um volume cerca de 35% maior que o total de financiamentos para a safra atual, de 2001/2002, que passa dos 18 bilhões. O pedido foi entregue hoje a Marcus Vinicius Pratini de Moraes, ministro da Agricultura. A julgar pelo […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h47.

Os agricultores brasileiros querem 25 bilhões de reais para financiar a próxima safra, de 2002/2003 -- um volume cerca de 35% maior que o total de financiamentos para a safra atual, de 2001/2002, que passa dos 18 bilhões. O pedido foi entregue hoje a Marcus Vinicius Pratini de Moraes, ministro da Agricultura.

A julgar pelo que ocorreu nas últimas safras, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) pode ficar tranqüila. Afinal, conseguiu a liberação de mais de 18 bilhões de reais para a safra atual, sendo que a verba anunciada inicialmente era de apenas 16,6 bilhões. Na safra passada (2000/2001) ocorreu o mesmo: haviam sido anunciados 12,7 bilhões de reais e o total liberado passou dos 14 bilhões. Acredito que seja possível elevar o valor. Incluindo o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), já temos 22 bilhões para financiar. Acho que podemos chegar a um volume maior , disse Pratini. O ministro esteve hoje na CNA para receber a Proposta para o Plano Agrícola e Pecuário 2002/2003.

Além do tradicional pedido por mais financiamento, os produtores fizeram o ainda mais tradicional pedido por menos juros uma questão bem mais difícil de resolver. A CNA usou como argumento uma suposta previsão feita em março por Armínio Fraga, presidente do Banco Central. Segundo os produtores, Fraga teria dito que a taxa básica de juros deveria cair dos atuais 18,5% para 12% até o fim do ano. Animados, os produtores chegaram até a calcular que a taxa do financiamento agrícola, acompanhando essa queda, diminuiria dos atuais 8,75% para 5,75% (o cálculo foi retirado do documento final). Só que Fraga nunca fez a tal previsão. O que o presidente do BC disse foi algo bem diferente: se as condições macroeconômicas não mudarem, a taxa real de juros (taxa básica menos inflação) pode fechar o ano em 11,5%.

Os produtores fizeram várias outras propostas para diversificar suas fontes de financiamento. Uma é a ampliação dos contratos de opções. No ano passado, só a opção de comercialização do milho foi lançada em tempo hábil para a safra atual. A CNA pede que este ano, de julho a setembro, sejam lançados contratos de opção também para algodão, arroz e trigo, com vencimento a partir de março de 2003. Outra proposta é que o governo ajude os produtores brasileiros a entrar no mercado de futuros, financiando a garantia inicial e os ajustes diários exigidos pela Bolsa de Mercadorias e Futuros.

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