Economia

Agenda para simplificação tributária é intensa, diz Meirelles

Segundo o ministro da Fazenda, o objetivo é aumentar a competitividade das empresas brasileiras, para que o país possa produzir mais e melhor

Meirelles: para os próximos meses haverá mais medidas dentro da agenda de simplificação tributária (Adriano Machado/Reuters)

Meirelles: para os próximos meses haverá mais medidas dentro da agenda de simplificação tributária (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 16h27.

Última atualização em 7 de agosto de 2017 às 16h27.

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira, 7, que o Brasil vive um momento de "agenda intensa" de projetos para a simplificação do sistema tributário e a reordenação das regras aduaneiras.

Segundo ele, o objetivo é aumentar a competitividade das empresas brasileiras, para que o País possa produzir mais e melhor.

"Nunca o binômio empreendimento e inovação esteve tão presente nas iniciativas geradoras de crescimento", afirmou, em referência à agenda de medidas microeconômicas do governo.

"São medidas para a racionalização dos recursos e potencialização dos resultados", completou, na abertura do Fórum de Simplificação e Integração Tributária, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo Meirelles, a redução de custos vem pela eliminação de redundâncias e a troca de dados entre as diferentes esferas do governo, possibilitando realinhar toda a estrutura tributária do País.

"Estamos preocupados com a temperatura e não com o termômetro. O importante é que a produtividade do País aumente", acrescentou.

O ministro disse que a posição do Brasil no ranking mundial de produtividade o incomoda por ter piorado nos últimos anos. Ele lembrou que o governo tem trabalhado junto ao Banco Mundial para melhor identificar os pontos que mais prejudicam a produtividade no País.

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, disse que a pauta tributária e aduaneira do governo tem como objetivo justamente a simplificação e a integração dos sistemas da máquina pública. "A parceria entre os entes garantirá o sucesso das medidas nesse sentido", projetou.

O assessor especial do Ministério da Fazenda, João Manuel Pinho de Mello, prometeu para os próximos meses mais medidas dentro da agenda de simplificação tributária.

"Não há bala de prata para o crescimento sustentado, a questão é a produtividade. Dentro dessa agenda é que se encaixa o tema da simplificação tributária", afirmou.

Ao abrir o evento, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, repetiu que o custo de pagamento de impostos é um dos mais importantes quesitos para a melhoria competitividade do País. Ele defendeu ainda a redução da burocracia para as empresas.

"Devido à situação fiscal do setor público, uma forma de reduzir o custo da produção é reduzir a burocracia", sugeriu. "A existência de 27 legislações estaduais sobre o ICMS e de obrigações acessórias diferentes exige um custo de pessoal e de estrutura elevado", completou.

O diretor-presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, também defendeu a simplificação do regime tributário brasileiro. "A padronização das notas fiscais dos 27 Estados é o primeiro passo para a reforma tributária. Defendemos o Simples Nacional com 'unhas e dentes', o Brasil precisa de grande Simples", considerou.

Acompanhe tudo sobre:EmpresáriosGoverno TemerHenrique MeirellesMinistério da Fazenda

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor