Alta tecnologia do agronegócio requer banda larga móvel no campo (Johanna Leguerre/AFP)
Da Redação
Publicado em 12 de junho de 2012 às 20h25.
São Paulo - O Brasil é o terceiro maior produtor agrícola do mundo e a produção doméstica segue em expansão. Uma das principais explicações para o bom desempenho do país no ramo é o investimento dos produtores nacionais em alta tecnologia, que vai desde a seleção de sementes, melhoramento genético e adoção de colheitadeiras inteligentes, com computador de bordo e GPS. Ironicamente, um entrave tecnológico persiste no campo: a falta de conexão com a internet. De acordo com o Ministério das Comunicações, são apenas 250 mil as propriedades rurais conectadas à rede mundial de computadores, ou seja, nem 5% do total do país.
Logo, representa uma boa notícia o leilão de frequências para implantação da telefonia celular de quarta geração (4G) desta terça-feira, que implicou a obrigatoriedade de as vencedoras ofertarem banda larga móvel rural. “Nós estamos nessas duas pontas: atendendo a essa demanda crescente por serviços móveis na zona urbana e fazendo inclusão rural”, disse no mês passado João Batista Rezende, presidente da Anatel, durante a cerimônia de lançamento do edital da licitação.
Enquanto o acesso rápido à internet sem fio não chega, produtores investem em alternativas. Uns chegam a gastar entre 5 mil e 6 mil reais para instalar antenas que permitam a conexão. Outros são obrigados a se deslocar às áreas urbanas para poder acessar a internet e cumprir tarefas básicas ao seu negócio, como conferir a previsão do tempo, verificar as cotações de mercado e até mesmo acessar o sistema de gerenciamento online das fazendas.