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Açúcar está barato para estimular construção de usinas

Também os preços do etanol e da energia precisariam saltar para incentivar a construção de novas usinas no Brasil, disse Pedro Mizutani, da Raízen

Plantação de cana-de-açúcar: 18 milhões de toneladas a mais na nova safra (Cristiano Mariz/Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2011 às 17h32.

Piracicaba - Os preços do açúcar bruto teriam que subir a 25-26 centavos de dólar por libra-peso para incentivar a construção de novas usinas no Brasil, disse nesta quarta-feira o vice-presidente executivo da maior produtora de açúcar e etanol do país, a Raízen.

Após subir a máximas em 30 anos no início do ano, os futuros do açúcar na ICE caíram cerca de 40 por cento desde seu último pico, em fevereiro, para cerca de 21-22 centavos.

O nível é vantajoso para as usinas brasileiras, que têm, em média, custo total equivalente a cerca de 18-20 centavos por libra-peso, mas apenas para as já existentes, disse Pedro Mizutani, da Raízen.

"As companhias nesse mercado têm que estar preparadas para lidar com a alta dos custos e requisitos mais rigorosos em relação a questões ambientais e sociais", disse Mizutani.

"Apenas empresas bem estruturadas vão sobreviver e, então, oportunidades de aquisição vão aparecer", disse ele à jornalistas em conferência para comentar a atual temporada de cana.

Ele disse que não apenas os preços do açúcar precisam aumentar para estimular as novas usinas, mas também os preços do etanol e da energia. Muitas usinas no Brasil produzem energia elétrica através da queima do bagaço da cana e vendem parte para a rede.

A Raízen é a empresa resultante da fusão entre a Cosan e da Royal Dutch Shell. Com vendas anuais estimadas em 30 bilhões de dólares, espera-se que a companhia comece a operar este mês.

A empresa possui planos de elevar a capacidade de moagem de cana de 62 milhões para 100 milhões de toneladas por ano, até 2015 --através da combinação de expansão das usinas já existentes, aquisições e a construção de novas usinas, que se tornarão economicamente viáveis em algum momento nos próximos anos, disse Mizutani.

A indústria de açúcar e etanol do Brasil estava crescendo a uma taxa anual de 10 por cento quando, em 2008, a crise financeira global atingiu fortemente o setor.


As limitações financeiras levaram a uma onda sem precedentes de fusões e aquisições que, segundo Mizutani, está longe de ser encerrada.

Mizutani disse ainda que a Raízen já possui quatro projetos de novas usinas aprovados por reguladores-- duas em Goiás, uma em Minas Gerais e uma em Mato Grosso--, mas os projetos estão em espera principalmente devido à "falta de visibilidade dos preços."

"Precisamos tem uma ideia clara sobre o papel da energia da cana e do etanol na matriz energética do Brasil", afirmou.

"Os preços atuais de energia nos leilões do governo não pagam o investimento."

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Após subir a máximas em 30 anos no início do ano, os futuros do açúcar na ICE caíram cerca de 40 por cento desde seu último pico, em fevereiro, para cerca de 21-22 centavos.

O nível é vantajoso para as usinas brasileiras, que têm, em média, custo total equivalente a cerca de 18-20 centavos por libra-peso, mas apenas para as já existentes, disse Pedro Mizutani, da Raízen.

"As companhias nesse mercado têm que estar preparadas para lidar com a alta dos custos e requisitos mais rigorosos em relação a questões ambientais e sociais", disse Mizutani.

"Apenas empresas bem estruturadas vão sobreviver e, então, oportunidades de aquisição vão aparecer", disse ele à jornalistas em conferência para comentar a atual temporada de cana.

Ele disse que não apenas os preços do açúcar precisam aumentar para estimular as novas usinas, mas também os preços do etanol e da energia. Muitas usinas no Brasil produzem energia elétrica através da queima do bagaço da cana e vendem parte para a rede.

A Raízen é a empresa resultante da fusão entre a Cosan e da Royal Dutch Shell. Com vendas anuais estimadas em 30 bilhões de dólares, espera-se que a companhia comece a operar este mês.

A empresa possui planos de elevar a capacidade de moagem de cana de 62 milhões para 100 milhões de toneladas por ano, até 2015 --através da combinação de expansão das usinas já existentes, aquisições e a construção de novas usinas, que se tornarão economicamente viáveis em algum momento nos próximos anos, disse Mizutani.

A indústria de açúcar e etanol do Brasil estava crescendo a uma taxa anual de 10 por cento quando, em 2008, a crise financeira global atingiu fortemente o setor.


As limitações financeiras levaram a uma onda sem precedentes de fusões e aquisições que, segundo Mizutani, está longe de ser encerrada.

Mizutani disse ainda que a Raízen já possui quatro projetos de novas usinas aprovados por reguladores-- duas em Goiás, uma em Minas Gerais e uma em Mato Grosso--, mas os projetos estão em espera principalmente devido à "falta de visibilidade dos preços."

"Precisamos tem uma ideia clara sobre o papel da energia da cana e do etanol na matriz energética do Brasil", afirmou.

"Os preços atuais de energia nos leilões do governo não pagam o investimento."

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