Economia

Acrefi: Previsão de alta do PIB 2024 sobe a 2,3% por expectativa de mais estímulos do governo

A revisão, feita pelo economista-chefe da entidade, Nicolas Tingas, consta do relatório "Financeiro Acrefi" divulgado neste fim de semana

Fachada do Ministério da Fazenda (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

Fachada do Ministério da Fazenda (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 30 de março de 2024 às 14h25.

A Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) elevou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 2% para 2,3%. A revisão, feita pelo economista-chefe da entidade, Nicolas Tingas, consta do relatório "Financeiro Acrefi" divulgado neste fim de semana.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sinalizou recentemente que o governo federal pode elevar a estimativa de crescimento de 2024 de 2,2% para 2,5%. O mercado, de modo geral, também vem revisando sua projeção de PIB para cima por considerar que o governo, em reação à recente queda de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem acentuado medidas de estímulo para impulsionar mais rapidamente o crescimento econômico.

Esta observação é realçada por Tingas no relatório da Acrefi. De acordo com economista, esta reação do governo vai se somar ao já esperado aumento de gastos em anos eleitorais.

Este ano, em especial, a atual gestão federal pretende fazer uma intensiva nos gastos para recuperar os municípios governados pela oposição bolsonarista. Essa conjunção de esforços deve enfraquecer a herança contracionista trazida para este começo de ano pela desaceleração do ritmo de crescimento do PIB no final de 2023.

"O governo, inclusive agora reagindo à recente queda de popularidade, tem acentuado medidas e estímulos para impulsionar mais rapidamente o crescimento econômico", observa o economista da Acrefi.

Na outra ponta, destaca Tingas, o Banco Central (BC) manifesta maior incerteza com relação ao cenário futuro, indicando cautela na trajetória de redução da taxa básica de juros.

Na avaliação do economista, a postura do BC tem a ver com a abordagem do governo federal, de alavancar a demanda agregada da economia, acrescida significativamente pelos elevados gastos eleitorais de Estados e municípios combinados com uma expansão franca do crédito privado, a partir de medidas em elaboração, aprovação competente, e implementação pelo Ministério da Fazenda.

"O agregado macroeconômico de maior emprego, renda, e crédito em seu clássico efeito multiplicador da renda disponível no curto e médio prazo elevará o PIB de 2024 para um patamar acima das expectativas atuais", reforça Tingas, que também eleva sua projeção para a Selic terminal neste ano de 9% para 9,25% ao ano.

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